Escrito por: Omardine Omar, Jornalista
INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 22 de Agosto de 2022 – Corria o dia 24 de Junho do presente ano, quando, estranhamente, o meu telemóvel vibrou. A princípio, eu pensava que se tratava de mais uma mensagem desses grupos do WhatsApp que tudo se partilha. No dia, escutava uma nova música, pelo menos, para os meus ouvidos – cibernética, de Nikila de Sousa, a febre musical que enlouquece todo o amante da boa música.
Contrariamente a outros dias, não retirei o telemóvel naquele momento, fiquei deliciando-me da cibernética que animava a nossa conversa descontraída na viatura do brada Onélio Luís. A nossa viagem continuou, mas uma chamada inesperada mudou o rumo das coisas naquele dia.
Quando retiro o telemóvel, atendo à chamada e, no término da mesma, apercebo-me que um e-mail havia caído na caixa de entrada – rapidamente dirige as minhas atenções para o e-mail, acreditando que poderia ser mais uma daquelas respostas de parcerias comerciais ou anúncio de algum concurso a que me havia candidatado; mas, não, era o e-mail de um homem dado como morto!
Quando vi e li o mesmo fiquei assustado e indagativo. Como era possível aquilo? – questionei-me. Como era possível, o Luís Ramuli, o meu antigo colega de formação superior, na Universidade Pedagógica, que havia perdido a vida semanas antes, como me teria enviado aquele e-mail?
No momento, várias ideias vieram à cachola. A princípio, pensei que fosse um simples spam, em seguida, veio-me a ideia de ter sido alguém que ficou com os dispositivos electrónicos do finado, que terá enviado o e-mail, mas pelo conteúdo contido no e-mail, outras ideias ressurgiram (…)!
No momento, pensei que foi por ter faltado ao seu último adeus, uma vez que o e-mail em questão trazia um número que indicava ser uma senha para entrar num suposto presente enviado pelo finado; mas, rapidamente, percebi que poderia ser um vírus que, uma vez clicado, poderia danificar os meus dispositivos electrónicos e roubar informações que nele existem.
Receber o e-mail de um homem dado como morto, ainda mexe comigo e não consigo achar possíveis respostas até aqui…