INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 22 de Agosto de 2022 – Numa altura em que o Governo moçambicano está levar a cabo uma filtragem nas listas para encontrar o verdadeiro grupo-alvo a ser beneficiado pelos subsídios para vítimas da Covid-19, a Aldeia SOS uma organização de cariz Humanitária já identificou 240 famílias carentes ao nível da cidade de Chimoio, na província de Manica e doou mais de 16 toneladas de bens alimentares.
Trata-se de agregados familiares que durante o pico da pandemia da Covid-19 viram suas situações de pobreza a degradar-se. E como forma de levantar o seu astral foram oferecidas kits alimentares constituído por Arroz, farinha de milho, óleo alimentar açúcar, entre outros produtos da primeira necessidade.
Para além de géneros alimentícios as famílias carentes também tiveram insumos agrícolas, sementes e material de higiene no âmbito de fortalecimentos económicos a famílias vulneráveis afectadas pela Covid-19, da Aldeia SOS.
“Estou muito feliz pela oferta e não esperava que um dia alguém ia pensar na minha situação de pobreza”, desabafou Eulália Oliveira, viúva e mãe de seis filhos, residente no bairro 5, na cidade de Chimoio.
Lúcia Ndala residente do bairro Mudzingadzi, em Chimoio, que viu sua mãe a falecer pela pandemia da Covid-19 é também mãe de três filhos menores, e agradece o gesto da Aldeia SOS “, afirmando que com os insumos agrícolas o meu campo agrícola vai voltar a produzir e com isso acredito que nos próximos tempos a minha situação de vulnerabilidade vai acabar ” disse Lúcia.
A entrega simbólica dos kits constituídos por bens alimentares, insumos agrícolas e material higiénico foi feita pela governadora da província de Manica, Francisca Tomás, que apelou as beneficiárias a fazerem de tudo para deixarem de viver de mão estendida.
“A oferta não enche celeiro, por isso devem usar os insumos agrícolas para produzirem e saírem da dependência porque uma ajuda vem uma vez a outra, com isso quero dizer que é bom empenharem-se na produção e produtividade para que um dia possam vender para saírem da pobreza”, afiançou a governadora tendo agradecido a Aldeia SOS por oferecer as famílias bens alimentares, insumos agrícolas e material higiénico.
Fernando Pio Norberto, Director de programas na Aldeia SOS em Chimoio disse que o que a sua organização fez não se circunscreve apenas em uma oferta, mas sim foi fazer com que as famílias carenciadas sejam consistentes, e por via desta saiam da pobreza.
“As famílias devem produzir porque nós nos próximos anos só queremos as monitorar para que estejam engajadas na actividade de renda”, disse Norberto para quem a sua organização despendeu mais de 10 milhões de meticais para a aquisição dos produtos para as famílias carenciadas. A Aldeia SOS prevê beneficiar ainda no presente ano mais de 900 famílias vulneráveis na cidade de Chimoio, província de Manica.
Salientar que dos produtos oferecidos o destaque vai para: 200 baldes com torneira, 400 baldes de 50 litros com tampa, 42 unidades de purificadores de água – Bio2, 127 caixas de sabão, 1900 enxadas, 950 ancinhos, catanas, regadores plásticos, 1296 pulverizadores de 5 e 8 litros respectivamente, 1067 unidade de 50 kg de adubos, 950 unidades de 10 kg de semente de Couve, alface, cebola, milho e tomate respectivamente. (Pedro Tawanda em Manica para IMN)