INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 21 de Agosto de 2022 – O mercado mundial está em mudança! É um facto inegável. A tecnologia constitui o maior factor de transformação da economia mundial. Inegável é a influencia da tecnologia em todas áreas da economia, com maior enfoque para abertura de mercados mundiais e penetração de empresas em territórios antes inexplorados. De acordo com a datareportal há actualmente em Moçambique aproximadamente 2.5 milhões de utilizadores de redes sociais, todas baseadas maioritariamente no estrangeiro. Tais redes sociais: vendem no Pais, fazem publicidades, influenciam o curso normal das actividades e não pagam 0 imposto algum.
Aliás, a tecnologia por exemplo da China, através do Alibaba e aliexpress, facilitam a disponibilidade de colocação do alho da China a venda no Mercado em Angónia, em Tete. Pois o Moçambicano de Tete pode comprar produtos da China (a 10.732km) e pagar online, mas não consegue fazer o mesmo com alho de Angónia (a 280km). Dizemos alho, mas o mesmo se aplica a literalmente todas Industrias.
Porque não temos empresas locais nessas áreas? Porque as empresas Moçambicanas não crescem para pelo menos abrangir o mercado Nacional, antes mesmo de sonhar em Ganhar o Mundo?
Um olhar desatento é capaz de olhar para a falta de Jovens criativos no Pais. Ou ainda para a baixa qualidade e sustentabilidade dos Projectos desenvolvidos pelas startups em Moçambique.
Contudo, um mergulho profundo na questão, revela um fundo do oceano sombrio e assustador: Legislação que desfavorece ao empreendedorismo, falta de incentivos Nacionais ao desenvolvimento do empreendedorismo, ecossistema para empreendedorismo e startups completamente fragmentado e grandes empresas como controladoras do Mercado de tecnologias.
Para efeito desta abordagem, consideramos startups empresas que pela sua estrutura conseguem escalar a sua produção sem necessariamente aumentar os seus factores humanos de produção, isto é, conseguem colocar tarefas a serem executadas por computadores e abordaremos o papel das grandes empresas. Sejamos francos, nenhuma startup mundial consegue crescer sustentavelmente e manter se competitiva se realizar as sua tarefas de forma manual.
Bem, e onde entram as grandes empresas? Bem simples: no lugar de impulsionarem, retraem a actividade empreendedora. Empregando inclusive estratégias ilegais.
Fácil de encontrar no mercado Nacional são jovens com iniciativas roubadas ou acesso ao mercado barrado por grandes empresas.
Como o Fazem? A primeira e maior estratégia é a recusa para transaccionar, prática proibida pela Lei 10/2013. Senão vejamos, para o exemplo de compra efectuada na China, só de remover por exemplo a possibilidade de pagamento online, reduz-se a vantagem e comodidade de comprar de onde estiver.
As grandes empresas, principalmente na área financeira, ou seja, os Bancos e Carteiras Móveis, adoptam estratégias abusivas para impedir que as startups consideradas “concorrentes” entrem ao Mercado. Em muitos casos, não dando acesso mas nos casos mais graves, chegando mesmo a encerrar as contas transaccionais das startups.
É Lógico pensar, que deveriam as startups recorrer aos Tribunais para repor a legalidade no Mercado, mas, analisando a realidade de mercado, poderá uma entidade que mal consegue pagar os seus funcionários, que na maior parte dos casos são 2 ou 3, conseguir custear uma “batalha” legal que duraria 3 anos ou mais? Certamente que não!
O interessante paralelismo entre estes casos de concorrência desleal e o de Davi e Golias, é que Davi só venceu Golias, porque Deus estava do seu lado. Isto é, as instituições que controlam o Mercado, tanto da área Financeira, como para desenvolvimento de tecnologias e outras relevantes, devem “acordar” e regular o mercado por forma a permitir que as empresas, tanto as Grandes como as pequenas tenham igualdade de oportunidade no Mercado. (INTEGRITY)