Não se sabe ao certo se a detenção de Gulam Hassam tenha alguma relação com o caso do filho, mas uma fonte do meio judiciário confirmou ao Ikweli que na justiça moçambicana corre um processo contra a família.
Esta família é proprietária do Grupo Maiaia, fundado nos anos 80, tendo sido um dos grupos empresariais mais prósperos e influentes de Nacala, mas chegou a decadência devido a dívidas que contraiu com a banca comercial e não honrou com os compromissos.
Em Nacala, o Grupo Maiaia já foi um dos maiores empregadores, através das suas fábricas de trigo, chapas de zinco, plásticos e bolachas.
Citando fontes bancárias, a Carta de Moçambique já escreveu que o grupo Maiaia “em 2012, o Grupo Maiaia devia cerca de 17 milhões de USD ao BIM e 15 milhões ao BCI, dívidas consideradas por fontes bancárias como difíceis de cobrar”.
Em Nacala, uma equipa da PGR, vinda de Maputo, vasculhou em, pelo menos, 3 casas da família de Gulam Hassam, sendo que, em algumas delas, tiveram de usar a força para entrar, pois não lhes queria ser dado o acesso.
Na cidade de Nampula, a operação esteve baseada na Residencial Fénix, uma das mais novas instâncias hoteleiras da urbe, tendo no local sido apreendidos computadores, talões de depósito, entre outros equipamentos.
Igualmente, um trabalhador da empresa foi recolhido para as celas da Polícia da República de Moçambique (PRM).
A PGR ainda não se pronunciou sobre o assunto. O Ikweli contactou o porta-voz da Procuradoria Provincial de Nampula, o qual disse não ter detalhes, remetendo um pronunciamento para esta quinta-feira (30).
A Polícia da República de Moçambique confirma a operação, mas diz que pouco pode falar dela porque pertence ao Ministério Público, tanto é que apenas tinha lhe sido solicitada a protecção. (JORNAL IKWELI)
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