Os terroristas iniciaram a incursão por volta das 4 horas, na aldeia Xinavane B, nas redondezas da vila de Macomia e em simultâneo na posição de Namabo, que se subordina a famigerada posição de Catupa, local que já foi controlado pelos terroristas, mas viriam a ser expulsos pelas FDS e forças aliadas.
O ataque de sexta-feira (10.05) teve confirmação do Chefe do Estado de Moçambique, Filipe Nyusi, do Estado Maior do Exército das FADM e do Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael. Contrariamente, as outras incursões os terroristas ainda não reivindicaram e os simultâneos ataques ao distrito de Macomia, mas sim, um outro ocorrido na aldeia de Cajerene, na comunidade de Missufine, no distrito de Ancuabe, ocorrido no sábado (11.05), onde queimaram algumas casas e mataram um membro da Força Local.
Ainda em Macomia, fontes militares revelaram que durante o ataque, enquanto os outros terroristas atacavam, parte do grupo apoderou-se de viaturas dos serviços de saúde e outras instituições e usaram as mesmas para transportar produtos alimentares para as suas bases. Em forma de verificação se os terroristas não estavam misturados com a população, após repelir o ataque, a população foi proibida de retornar a vila pelas FDS, porque estavam a fazer rastreio e vigilância de casa em casa, mas horas depois quando a população retornava deparou-se com corpos nas bermas do rio Nanga.
Outrossim, segundo um comunicado de imprensa do Estado-Maior General recebido na nossa redacção e assinado pelo Chefe das Relações Públicas, Pedro António revela que “durante o confronto, as nossas Forças capturaram um terrorista e feriram um dos líderes, conhecido por Issa que, conseguiu escapar, não havendo qualquer registo de óbitos ou feridos por parte das Forças Armadas. Posteriormente, o terrorista capturado veio a perder a vida por ferimentos graves.”
De salientar que o último grande ataque à Macomia ocorreu em finais de maio e princípios de junho de 2020, quando os terroristas então liderados por Bonomade Machude ficaram por três dias na vila-sede de Macomia, onde deixaram a mesma irreconhecível. Desta vez, encontraram uma forte abnegação das FADM que por mais de 13 horas de tempo fizeram de tudo para que o pior não acontecesse. (Omardine Omar)