INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 19 de Agosto de 2022 – As empresas gestoras do Porto da Matola emitiram um comunicado de imprensa conjunto, nesta quinta-feira (18), reconhecendo e explicando que, nos últimos dias, se tem registado um tráfego intenso de camiões com destino ao Porto da Matola, bloqueando porções da estrada N4, causando inconvenientes aos outros utilizadores desta via de acesso.
Segundo consta do levantamento feito, os camiões que têm causado congestionamento são os que transportam carvão e magnetite, com destino ao Terminal de Carvão da Matola (TCM), e os camiões de combustíveis com destino às Terminais, para a armazenagem de Combustíveis instaladas no Porto da Matola.
De acordo com o comunicado de imprensa, o aumento súbito do número de camiões é reflexo de um conjunto de factores, nomeadamente: o shutdown (interrupção para manutenção) da linha ferroviária de Ressano Garcia, que decorre de 15 a 25 de Setembro, bem como o aumento do número de camiões de combustível para carregamento desta mercadoria.
Conforme avançam, o aumento do preço de carvão no mercado internacional e os desafios actuais enfrentados pelos portos sul-africanos de Durban e Richard’s Bay influenciaram a demanda do carvão e magnetite pelo TCM. Embora o TCM possua um terminal ferroviário dedicado, o aumento de fluxo obrigou à recepção de camiões como medida de contingência para fazer face à demanda crescente.
Tendo em vista a mitigação imediata do congestionamento que se verifica nos últimos dias, os Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) e o TCM (uma sub-concessão da MPDC) tomaram uma série de medidas para descongestionar a N4 e outras vias da cidade da Matola.
De acordo com a empresa, há criação de um posto avançado junto à N4, logo a seguir à báscula de Pessene, com o objectivo de fazer a triagem e permitir a passagem de camiões com destino ao Porto de Maputo, controlando, deste modo, o seu fluxo de acordo com a capacidade das respectivas terminais.
Para as duas empresas, a introdução de soluções digitais para a gestão do fluxo de tráfego com destino às Gasolineiras, soluções essas já em uso no Porto de Maputo e pelo TCM, será muito viável, considerando o desenvolvimento de uma área para a melhoria de gestão de tráfego – uma medida já em fase de implementação.
Contudo, as empresas afirmam que, nos últimos meses, o CFM e a Transnet têm trabalhado conjuntamente na migração de carga para a ferrovia. Parte deste trabalho resultou, recentemente, no acordo de circulação de comboios sem interrupção entre Moçambique e o país vizinho.
O CFM e seus parceiros continuarão a trabalhar no sentido de obter um maior equilíbrio entre a carga rodoviária e ferroviária e, desta forma, tornar o corredor de Maputo mais competitivo. (INTEGRITY)