Ontem (21.03) por volta das 14h20, um agente da Polícia de Trânsito com a patente de Sargento da Polícia afecto ao Comando da PRM na Cidade de Maputo e que responde pelo nome de Milagre Moisés Maculuve e que exercia na ocasião a função de motorista na patrulha auto foi baleado “acidentalmente” no cotovelo do braço direito por uma arma de fogo do tipo AK47, número 65014 que estava sobre a responsabilidade de uma colega sua da Polícia de Protecção (PP) com a categoria de Guarda-estagiária da PRM, de nome Laura da Conceição Admiro Uache.
Segundo consta num auto de notícia da PRM, tudo aconteceu quando a equipa escalada e que se fazia transportar na viatura 139, cumprindo a missão de escolta de valores monetários para o balcão do Banco Millennium BIM, situado na Praça dos Trabalhadores, repentinamente ocorreu o incidente.
Conforme explicam as autoridades policiais, a Guarda-estagiária na tentativa de tirar a munição que se encontrava na câmera a arma caiu e disparou dois tiros e atingiu o Sargento da PT Milagre Moisés Maculuve, tendo sido levado rapidamente para o Banco de Socorro do Hospital Central de Maputo (HCM), onde se encontra a receber tratamentos no Bloco de Cirurgia.
Entretanto, este acto tratado como insólito na PRM, é tido em outros corredores de opinião pública como uma clara evidência de que as críticas que são lançadas contra o processo de formação em Matalane faz todo sentido, onde informações internas indicam que nos últimos grupos de agentes formados e que ultrapassam a fasquia de 30 mil, grande parte deles ou quase todos eles não chegaram a ter uma convivência intensa com o armamento que iria trabalhar com eles, ou seja, no máximo cada agente apenas disparou três a cinco tiros numa formação que levou três a seis meses! (O. Omar)