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Home Integrity Reflexões O caldeirão do escriba

EPÍSTOLAS DO AMOR EM TEMPOS DE GUERRA!

Não hei-de morrer sem te ver, meu amor!

26 de Fevereiro, 2024
em O caldeirão do escriba
Reading Time: 4 mins read
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EPÍSTOLAS DO AMOR EM TEMPOS DE GUERRA!
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Sei que estás ao serviço da pátria pela qual juraste derramar o sangue defendendo a sua soberania. Sei que tens sofrido nas matas de Pundanhar combatendo terroristas, meu amor – James Germano! Meu capitão, o homem que eu escolhi.

Há mais de um ano que os nossos filhos esperam por ti. Rezamos para que não voltes num saco preto e irreconhecível!

Sabes, esposo! De tanto pensar, ler e ouvir o que tem acontecido nesta missão em que estás, comecei a sofrer de coração. Às vezes, choro quando oiço que houve mais um ataque dos terroristas – penso que foi a vossa base ou posição que foi atacada, mas acabo ficando tranquila quando no meio da noite ou pela madrugada recebo sua mensagem ou chamada, perguntando como estamos aqui em casa e que estavas bem – és um homem sortudo. Um combatente competente. Um verdadeiro anjo da guarda!

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James, os teus filhos te esperam. O mais novo, o Nito, acorda chamando pelo teu nome. O Bito não se cansa de ver tuas fotos. E o Beto está sempre atento às notícias sobre a guerra em Cabo Delgado. A minha doença vem piorando, mas espero que me encontres viva! Quem sabe não serás a minha cura meu amor, embora os médicos tenham dito que dos seis meses não passarei!

A tua ausência James, embora seja em defesa dos mais de 30 milhões de moçambicanos e não só, tem sido uma outra guerra para nós aqui em casa! O peso da esperança e canto da dor têm sido difíceis de suportar. Vivemos sonhando e pensando em tudo, na verdade, a gente não vê a hora de tudo isso terminar.

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Os nossos corações rebeldes não param de palpitar. Às vezes, quando entra uma chamada tua, temos medo de atender, mas quase sempre uma voz esquisita cochicha nos nossos ouvidos e diz: atenda, é o James Germano, o vosso herói – o nosso Marechal. O anjo da guerra em Cabo Delgado, ele quer ouvir as vossas vozes!

Espero viver até a tua chegada, meu amor! Espero caminharmos pelo jardim do amor e juntos subirmos à cabeça do velho para orar e agradecer ao senhor por sempre nos proteger. Quero andar de mãos dadas pela linda paisagem de Chimanimani. Molhar a tua boca de beijos e lágrimas! Promover o nosso amor como sempre fizemos desde que nos conhecemos há mais de 15 anos.

Espero que me encontre com vida e que juntos aproveitemos os últimos segundos deste mundo, meu amor!

– Aqui escreve a sua Maria, a mãe dos teus três filhos, a sua general!

– Em resposta:

Em breve estarei em casa, meu amor!

Enxugue as lágrimas meu amor que em breve eu estarei em casa. Sei que passaste noites sem dormir. Madrugadas frias sem a ternura do meu abraço e da minha respiração ofegante durante a libertação do milagroso creme do mangalho. Estou a caminho meu amor – para juntos conjugarmos o verbo “amar”! Para juntos sentirmos a emoção de ver os nossos filhos brincarem. Para juntos andarmos de mãos dadas pelas ruas e avenidas da nossa cidade amada – Chimoio.

Meu amor, travei um bom combate! Defendi inocentes de depravados. Homens sem alma. Pessoas que se alimentam de sangue humano e alegram-se com a dor e flagelo de crianças, mulheres e idosos sem protecção. Libertei a terra ocupada e devastada pela força das armas e a ignorância dos invasores.

Eu, seu esposo, James Germano, capitão e militar condecorado por bravura e abnegação, estou de volta meu amor! De volta para exercitar o nosso amor que tanto estremeceu com a distância e os horrores que são reportados pelos órgãos de comunicação social e as redes sociais – felizmente salvei vidas de companheiros de trincheira e civis. Em combate coloquei inimigos fora de combate. Agora que posso repousar e ver o sol nascer, os pássaros apitar e a lua brilhar, quero beijar os teus pés e fazer amor até a alma reclamar!

As saudades são tantas e a mente só canta. O coração já não aguenta. Os nossos corpos chamam-se de tanto suor e dor da distância. Em breve chegarei meu amor – para mergulharmos nas abcissas do amor. Para contar-te as minhas aventuras nas montanhas de Macomia e nas florestas fechadas de Nangade, Muidumbe, Palma, Quissanga e Mocímboa da Praia – foram dias intensos e de muito choro.

Mas eu sabia que não se vence um combate sem que não haja almas paridas e fugas inesperadas. As noites eram tenebrosas e passadas a seco. Ninguém conseguiu mergulhar no sono quando homens com espadas e facões decapitavam inocentes em nome de seitas que mesmo eles não entendiam, mas consegui e voltarei meu amor!

Quero que no aeroporto venhas com os nossos três filhos (Beto, Bito e Nito) quero abraçar-vos e libertar este coração cheio de saudades. Sei que não foi fácil, até porque do meu grupo apenas 10 conseguiram voltar, embora nem todos estejam como foram. Quero ver-te vestida no traje africano. Maquilhagem de casa – mussiro. Espero que prepares o meu prato predilecto – Chima, peixe kapenta assado e uma couve no estilo Maniquense. Quero esquecer as dores que senti e o sangue que vi. Quero estar em paz com a minha família e ver meus filhos a crescer – espere por amor, já, já estarei em casa!

Quero levar os meus filhos ao rio para pescar. Ir a Chimanimani ver a beleza da natureza. Subir o monte Cabeça de velho para agradecer os meus ancestrais pela protecção durante a defesa da nação. Pela defesa sempre que estivesse na linha do tiro. Quero rezar e honrar os grandes homens que tombaram aos meus olhos. Aos pais que jamais verão os filhos e esposas em defesa da pátria. Quero regar as flores do meu jardim e embelezar o meu quintal com rosas de paz e a beleza do mundo. Quero esquecer coisas ruins que vi, por isso estou a voltar meu amor!

Espere por mim meu amor! Espere por este homem que só viveu graças às vossas orações e a constante perseverança e pensamentos positivos. Espere por mim meu amor…

A música e as palavras que toda a mulher de um militar que vai a uma guerra quer ouvir e ler!

Em homenagem aos grandes homens – os heróis do nosso tempo!

Autor: Omardine Omar

 

Tags: AmorCabo DelgadoGuerraTempos
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