INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 09 de Agosto de 2022 – O elevado nível de degradação da Estrada Nacional No 1 faz o esqueleto rodoviário moçambicano; assim, em forma de caricatura, unindo o país de Sul a Norte, o que suscita debate em vários órgãos de comunicação social, para além de lamúrias por parte da classe empresarial da Pérola do Índico e acusações políticas à mistura.
Desta vez, o dedo acusador foi lançado contra a RENAMO pelo Secretário-Geral da FRELIMO, segundo quem, as hostilidades militares protagonizadas pelo partido da perdiz entre os anos 2015 e 2017 fizeram com que a via se tornasse intransitável.
A distância entre Inchope e Caia é de 270 km; antes, percorrida em três horas de tempo, mas, agora, subiu para seis, porque os automobilistas, inevitavelmente, devem pautar por uma condução de marcha lenta e paragens, por conta dos buracos característicos na via.
Conforme Roque Silva, Secretário-Geral da FRELIMO, não se deve partidarizar o problema; aliás, o Governo liderado pelo seu partido não é culpado pela degradação da EN1, porque a RENAMO comprometeu o projecto de reparação da respectiva estrada.
“Devíamos pegar numa lista de todos os membros da RENAMO para atribuir-lhes as covas existentes na EN1, por exemplo, ir a um buraco e começar a dizer: este chama-se Manteiga e assim sucessivamente”, rematou Silva. Conforme a mesma fonte, durante as hostilidades militares, para além de mortos e feridos, várias viaturas foram incendiadas sobre o asfalto.
“Como é possível queimar viaturas sobre o alcatrão e o mesmo continuar consistente? Se colocas fogo sobre uma estrada alcatroada, a base desta torna-se frágil e degrada-se rápido – pergunte ao Presidente do Conselho Municipal de Chimoio que está aí, ele sabe disso”, concluiu Silva durante a sua visita de 03 dias àquela província. (Pedro Tawanda em Manica, para IMN)