INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 09 de Agosto de 2022 – Foi durante a VIIª Conferência Nacional da Juventude (CNJ), que arrancou, nesta Segunda-feira (08.08), em Maputo, que Filipe Nyusi, Presidente da República (PR) de Moçambique, atacou aquelas que chamou de “Forças do Mal”. Nyusi afirmou que “no nosso País, vivemos a situação de terrorismo, criada e financiada por essas forças do mal. Se aquelas pessoas têm arma, de algum lado vem a arma. Portanto, financiam como parte dessa teoria de desordem como instrumento político”.
O Chefe do Estado defendeu que se trata de “uma nova forma de colonialismo. Infelizmente, içámos a bandeira, dizemos que estamos independentes (…) Nós vamos arranjar maneira de ganhar dinheiro com esta desordem (…) Fala com os seus jovens, são muito activos (…) Os jovens é que vão fazer essa confusão (…) Mentes são financiadas e utilizadas para recolonizar a África e pilhar os recursos em Moçambique”.
De acordo com Filipe Nyusi, eles “usam o dinheiro para manipular a consciência dos jovens, para aderirem à desordem e perpetuarem actos contra a sua própria pátria, contra as suas próprias comunidades e nunca contra as nações que financiam (…) ”, tendo acrescentado que, “enquanto governo, não deixaremos que estas forças do mal se posicionem contra as Forças de Defesa e Segurança (FDS), quando são estas que estão posicionadas em defesa dos interesses dos moçambicanos”.
De referir que em Agosto de 2019, durante o IV Encontro Nacional da Juventude, realizado na cidade da Matola, província de Maputo, Filipe Nyusi, disse estar na posse de informações que dão conta de existirem, na segunda maior cidade do país, Beira, cidadãos moçambicanos e residentes que estão a financiar o grupo insurgente.
As informações apresentadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi divergem com a versão dos Inspectores de Defesa da SADC que em Julho último, afirmaram que prevalecem desafios para identificar financiadores do terrorismo em Moçambique.
Ainda na recente intervenção, do PR em Maputo, condenou a criminalidade, o tráfico e consumo de drogas, a prostituição, entre outros problemas que apoquentam a juventude moçambicana. Ademais, Nyusi reconheceu o drama do desemprego que afecta o maior número de jovens moçambicanos e exortou que eles passem a ser “jovens de soluções”. (Omardine Omar)