A nossa equipa de reportagem entrou em contacto com o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Teodoro Gimésio Cândido, que foi categórico em afirmar que a instituição que dirige ainda não foi comunicado com a EMOSE sobre o pagamento de viagem aos estudantes que pretendem viajar para Brasil afim de seguir com os seus estudos.
“Até ao momento, nem os estudantes nem nós fomos oficialmente comunicados, é um barulho que está nas redes sociais, talvez possam ter comunicado o Instituto de Bolsas, mas também o Instituto de Bolsas ainda não nos informou”, esclareceu.
Enquanto não houver essa comunicação, seja da Emose ou do próprio Instituto de Bolsa, os alunos continuam acampados juntos ao IBE, na cidade de Maputo. Margarida é representante dos estudantes bolseiros, também falou à nossa equipa e afirmou aos nossos microfones que as condições que se encontram não são nada boas.
“As condições aqui não são nada boas, mas graças à Deus estamos a sobreviver graças às pessoas que são solidárias à nossa causa e que têm ajudado com água e mantimentos, enquanto aguardamos às próximas actualizações, estamos ao relento não temos abrigos, hoje recebemos esteiras de um senhor que se solidarizou com a nossa situação, e o IBE nem fala connosco, só nos olham”, lamentou a estudante.
No total são 35 estudantes, dos quais 15 são oriundos de várias províncias do país, segundo dados colhidos pelo presidente da União Nacional dos Estudantes, ouvido pelo nosso jornal na manhã desta quinta-feira.
O presidente da UNE, lamenta o facto e diz que mesmo que a Emose, ou seja, quem for a pagar as passagens, o IBE deve ser responsabilizado para que casos de género não voltem a acontecer. “Nós fomos submeter a queixa ontem junto ao Provedor da Justiça, porque esta instituição deve honrar com as suas responsabilidades”, disse o responsável.
No entanto, conforme apuramos faltam simplesmente dois dias para o fim do prazo, e tudo acontece num momento em que a reitoria da UNILAB mudou de abordagem drasticamente em relação a recepção dos bolseiros moçambicanos apurados. (Nando Mabica)