Na mensagem de felicitação ao ANC a FRELIMO retirou o seu compromisso na cooperação bilateral com aquela formação política. Segundo Amélia Muendane, Membro da Comissão Política, “ a celebração dos 112 anos do ANC tem um significado histórico para a FRELIMO, pois, lado a lado lutamos pela independência dos nossos povos e países. Consentimos sacrifícios e nunca vacilamos, mesmo perante a brutalidade do Apartheid do lado sul africano e do colonialismo português do lado moçambicano”, referiu.
Muendane enalteceu o papel do ANC na erradicação do sistema colonial e “os esforços todos feitos todos estes anos para a libertação do seu país, bem como na defesa da igualdade racial e dos direitos humanos”. A Membro da Comissão Política que falava em representação do Presidente da Frelimo Filipe Nyusi, disse que o seu partido e o ANC têm e comungam os mesmos valores e ideais, baseados no bem-estar do povo e na amizade, irmandade e apoio mútuo. “Esta irmandade e camaradagem foram construídos com sacrifício, porque sempre entendemos como povo e como nação, que a independência e a liberdade de Moçambique não seria efectiva sem que a África do Sul também estivesse livre. Por isso, lutamos juntos e hoje estamos aqui para celebrar as conquistas, não só dos nossos partidos como dos nossos povos que sempre foram a causa da nossa luta”, acrescentou. Por isso, “queremos continuar a fortalecer a nossa cooperação e união como Frelimo com o ANC, porque os desafios comuns que temos hoje, exigem de nós uma abordagem coordenada e concertada”, rematou.
A Membro da Comissão Política agradeceu igualmente as tropas sul africanas envolvidas no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.“
Queremos agradecer e homenagear as tropas sul africanas em missão de combate ao terrorismo em Moçambique, que mesmo perante diversas vicissitudes, nunca desanimaram e continuam firmes no combate ao terrorismo. Nunca iremos esquecer, como país, como povo e como camaradas do vosso inestimável apoio” concluiu.
RAMAPHOSA REITERA COMPROMISSO NA LUTA CONTRA CORRUPÇÃO
O Mbombela Stadium, em Mpumalanga foi o local escolhido pelo ANC, para acolher as cerimónias centrais das celebrações dos 112 anos. No seu discurso, Cyril Ramaphosa Presidente do ANC e da República Sul Africana, começou por dizer que a crise que se vive na África do Sul, “ocorre em todo mundo, onde a fome, a pobre e o elevado custo de vida tem estado a minha e o cumprimento das agendas de muitos governos”, referiu.
Segundo Ramaphosa, a estes aspectos juntam-se “conflitos geopolíticos que minam a paz e o calar das armas a nível global”. Ramaphosa, desafia por isso todos Sul Africanos e a se envolverem cada vez mais na reestruturação do tecido económico daquele país, tendo assegurado que o seu partido, ANC, vai continuar a liderar os processos através de políticas claras de inclusão, sobretudo de jovens, mulheres e pessoas com necessidades especiais a quem pediu, sobretudo ao sector privado para que “abram as portas das vossas empresas e empreguem jovens e pessoas com deficiência que tem capacidade para trabalhar”.

Ramaphosa fez o balanço dos 30 anos de liberdade daquele país, tendo assegurado que o ANC vai continuar “a lutar contra o crime e a corrupção para rejuvenescer o país”. Segundo ele “ os 30 anos de liberdade mostram os avanços que conseguimos para construção do estado de direito. RSA é um exemplo de democracia com uma Constituição que assegura a participação democrática de todos. Esta é uma grande conquista do ANC”, referiu.
Segundo o Presidente do ANC, durante os 30 anos de liberdade o seu partido trabalhou “ na melhoria de infra-estruturas básicas para habitação, escolas, água, energia, hospitais e segurança”. Bem como em poderá os cidadãos nacionais através do Black empowerment”. Ainda segundo Ramaphosa o ANC conseguiu estabelecer um estado democrático onde as instituições como tribunais entre outros são independentes. Outro marco destacado por Ramaphosa é a posição que aquele País, sob liderança do ANC conseguiu a nível global, na intermediação de processos de paz e conflitos bem como na promoção da solidariedade e cooperação.
Frelimo no Jantar de Gala do ANC
Na última sexta-feira (12.01), a Membro da Comissão Política da Frelimo, Amélia Muendane participou do jantar de Gala, um jantar de angariação de fundos do ANC, que serviu igualmente para o apresentação dos desafios e perspectivas do ANC para os próximos anos bem como o balanço dos 30 anos de liberdade.
No seu discurso Ramaphosa destacou os avanços que aquele país registou nos últimos 30 anos sob governação do ANC, quer no plano interno como no plano externo e destacou a necessidade criação de emprego para jovens sul africanos. Reiterou a posição do seu país em apoio a palestina e desafio o mundo a levantar a sua voz de protesto contra as acções de Israel no território palestino.
O jantar de Gala, uma iniciativa presidencial homenageou algumas figuras que contribuíram em diversas áreas, para o desenvolvimento daquele País, com destaque para o antigo presidente nigeriano Olesengo Obazanjo Olusegun Obasanjo, bem como o próprio Cyril Ramaphosa por excelência na governação segundo os organizadores.