INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 03 de Agosto de 2022 – Morrem até defensores acérrimos da Biodiversidade Natural. É assim como o terrorismo está a desgraçar famílias no Norte do país, onde os relatos indicam terem já atingido as três províncias.
No Niassa, por exemplo, os danos não só se contam para as famílias do distrito de Mecula, mas também para fiscais da Reserva Especial do Niassa (REN), uma das maiores áreas de conservação no país.
Segundo as autoridades, os ataques terroristas não só mataram populares, como também assassinaram três fiscais, a 22 de Dezembro de 2021, que se encontravam em serviço nos postos de Malunda e Naulala.
A Ministra de Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, que falava em Magude, província de Maputo, no último domingo, por ocasião de 31 de Julho, Dia International do Fiscal, mencionou que Joaquim Jamissone, Alberto Luís Najobe e Raul Arde, são os fiscais da Reserva Especial do Niassa que foram vítimas dos terroristas.
A Ministra falou igualmente do fiscal Chabane Massude, que perdeu a vida por afogamento e destacou que os quatro fiscais fazem parte de 150 que 2021 perderam a vida em todo mundo e constam da estatística da Federação International dos Fiscais.
Pela sua entrega, Ivete Maibaze falou da bravura dos fiscais mortos e, além de confortar as famílias, garante que os seus feitos e contributos não serão esquecidos na história da conservação da Biodiversidade da Reserva Especial do Niassa.
Niassa, apesar de ser uma província com potencial agrícola, (agricultura é a base da economia no país), ainda é considerado a região menos desenvolvida do Moçambique.
Nem os planos do Governo e muito menos da recente Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte – ADIN – ainda são capazes de catapultar iniciativas de redução dos níveis de pobreza a padrões aceites pela comunidade internacional. (Mussa Yussuf para IMN em Pemba)