Domingos do Rosário, um dos maiores estudiosos dos processos eleitorais em Moçambique afirmou que “eu acho que a RENAMO tem medo de governar este País e ponto final. A RENAMO quando chega a altura certa para dizer que o bolo está aqui, pega o bolo. Ela própria começa a entrar em negociações sem sentido, a troco de não sei lá o quê. Digo eu porque conheço o caso de 1999 em que Dhlakama foi negociar com Chissano nessa altura a troco de presidente do Conselho de Administração de algumas empresas públicas, isso existe, relatórios existem, está escrito isso aí. Agora o que a RENAMO negociou supostamente agora não sei. Agora que negociou, negociou não há dúvidas nenhumas (…)”.
Acrescentando, Domingos do Rosário defendeu que “o Acórdão do Conselho Constitucional, sinceramente falando, que o Borges rasgou aqui, hoje me apetece chorar (…) porque aquilo vê-se que é resultado do processo negocial entre a liderança da RENAMO e a liderança da Frelimo, mas qual é problema disso? O problema é que a RENAMO apanha migalhas e ponto final. Dirigir Alto-Molócuè? Você troca Maputo e Matola por Alto-Molócuè?
Reagindo, José Manteigas, Porta-voz nacional da RENAMO disse que “quando diz que a RENAMO tem medo de governar, quer dizer, isto é uma das piores aberrações que eu posso ouvir. Indivíduos como esses querem que a RENAMO vá pegar em armas para destruir a Cidade de Maputo para mostrar que afinal quer governar, é isto que se pretende? Voltarmos a pôr este País em guerra (…)”.
Questionado se a RENAMO tem armas, Manteigas disse que “as armas estão nas esquadras é só ir buscar. A RENAMO nunca fabricou armas, mas quando fez a guerra ia buscar nas esquadras e nos quartéis. Estão aqui as esquadras. Estão aí tantos policias mal preparados na via pública com AK47. Se o moçambicano quiser fazer guerra vai pegar aqueles jovens, arrancar armas e fazer guerra aqui na Cidade. Assaltar a Ponta Vermelha ou fazer aquilo que acontece na Guiné-Bissau”. (O.O.)







