A convocatória da RENAMO está a levantar diversos questionamentos em alguns círculos de opinião que entendem que as autoridades policiais e de defesa da legalidade deveriam se pronunciar em respeito desta decisão por entenderem que fere alguns preceitos legais. Portanto, aderida ou não, o facto é que logo pela manhã, desta segunda-feira (11.12), mesmo com a chuva que se faz sentir na capital, vários agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), SERNIC e SISE foram escalados para as ruas e avenidas da Cidade de Maputo com intuito de garantir a protecção e circulação de pessoas e mercadorias.
Entretanto, a convocação da RENAMO coincide num dia que a Cidade de Maputo é palco de chuvas intermitentes que estão a permitir que a medida funcione até certo nível, apesar de certas viaturas, principalmente de transporte de passageiros estarem a transportar pessoas provenientes da cidade da Matola, Marracuene e Matutuine, normalmente, nas redes sociais, apoiantes e simpatizantes da causa intitulada por “Venancismo” intensificam a publicação de fotos e vídeos demonstrando que estão efectivar a compactuar com a convocação de paralisação do dia 11 de dezembro.
No domingo (10.12), um grupo de contra-informação produziu um cartaz anunciando que a acção da RENAMO havia sido cancelada, um acto que foi prontamente refutado por Venâncio Mondlane, que através de um áudio fortemente partilhado nas redes sociais e em vários formatos, vincou a convocação feita na sexta-feira ainda estava em pé e que ninguém havia cancelado a paralisação de todas as actividades nesta segunda-feira.
Entretanto, enquanto iniciativas de género avançam, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda continua calada e a acomodar a agenda dos opressores do povo, num contexto em que diariamente assiste-se ilegalidades tremendas protagonizadas por agentes da PRM contra membros da oposição, uma acção em que países como Quénia, Costa do Marfim e os demais já levou o TPI a actuar e a Comunidade Internacional a sancionar o País e algumas figuras ligadas ao poder político, judicial, policial e militar. (O.O.)