Entretanto, se antes o gesto passava simplesmente pela retirada da camisete do corpo e marchas pelas ruas e avenidas, hoje a situação começa a atingir níveis preocupantes de insultos ao Presidente da República e do Partido Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi que a sua página oficial do Facebook se transformou nos últimos dias num mural de despejo de insultos e insatisfação de alguns internautas ou moçambicanos.
Ora, se quando pensávamos que a situação terminaria simplesmente com comentários insultuosos e de fúria face aos contestados resultados eleitorais de 11 de outubro, eis que nas últimas horas, um vídeo onde aparecem alguns indivíduos, supostamente embriagados e insatisfeitos viralizou. No vídeo os indivíduos em questão queimam a camisete do Partido Frelimo com o rosto do Presidente Nyusi.
Enquanto queimavam a camisete com o rosto do Presidente da República e da Frelimo, os indivíduos em questão proferiram palavras insultuosas e desgaste com a actual governação em Moçambique. Frases como: “um dia acreditamos neste partido, mas agora já fui descobrir que este partido não serve. Estamos cansados deste partido. Ninguém mais te quer. Nós já estamos cansados deste partido de ladrões. Você não vai me fazer nada, etc”.
O grupo de indivíduos que não se identificou e nem mostrou os seus rostos na plenitude chega até ao ponto de usar palavras insultuosas (f**ho d* p**a) e promessas de morte para o Presidente da República, alegadamente por que estão cansados da governação dele.
No entanto, este vídeo surge num momento em que Moçambique acaba de organizar uma conferência internacional de segurança e paz, onde o discurso conciliatório vai bastante exaltado pelos participantes e o papel do PR na pacificação do País fortemente questionado pelo representante da RENAMO no evento, Saimone Macuiane, que chegou a acusar o PR de “dia falar de paz e de noite promover práticas contrárias, como se vem actualmente com os resultados das eleições e o papel da PRM mandatada pelo PR através do Comando-Geral e o Ministro do Interior.
Lembre-se que no evento acima citado, o Ministro da Defesa Nacional (MDN) disse que estamos num momento em que a segurança do Estado está ameaçada devido às eleições autárquicas. E para especialistas em segurança do Estado ouvidos pela “Integrity” que preferiram anonimato e que convergem na análise de vídeos de gênero que viralizou nas últimas horas.
De acordo com as fontes acima mencionadas, “o significado e o impacto de actos de género são tremendo, porque pode influenciar às outras práticas contra um órgão de soberania nacional, a Presidência da República e que o Estado ou os serviços de segurança do Estado e da Lei e Ordem deveriam se posicionar com vista a evitar futuras extremização da juventude urbana e rural com o acesso a informação do dia-a-dia do País, mas sem esperança e confiança num governo que perdeu a bússola de navegação em pleno alto- mar, deixando os tripulantes e ocupantes da embarcação em pânico e com tendências de tudo fazer para controlar ou substituir o capitão do navio, neste caso num ápice podemos acordar com o País Somalizado e as ruas inundadas de cidadãos de todas as classes”.
Contudo, os especialistas em questão aconselham a moderação por parte da juventude moçambicana e que protestem os resultados eleitorais e a governação vigente de uma forma mais ordeira sem recorrerem a crimes como acontece pelos autores do vídeo que podem vir a parar na barra da justiça e serem responsabilizados por práticas evitáveis. (O.O.)