INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 31 de Julho de 2022 –A representante residente em Moçambique, do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA Moçambique), Bérangère Boëll, manifestou preocupação com a taxa do uso de contraceptivos do país, que apenas 35% das mulheres em idade fértil ( 15-49 anos), em Moçambique é que usa algum método ccontraceptivo moderno.
Todavia, mostrou-se muito optimista no alcance de melhores resultados, destacando as acções encabeçadas pelo Governo, através do Ministério da Saúde e parceiros, para um cada vez mais expansivo acesso ao Planeamento Familiar para mulheres e raparigas moçambicana.
Testemunharam o acto de lançamento dos Compromissos de Moçambique para a Parceria Global de Planeamento Familiar, representantes da Secretaria do Estado da Juventude e Emprego, Parceiros de Cooperação e Implementação, ONG’s que actuam na área de Saúde Sexual e Reprodutiva, quadros do MISAU a diversos níveis, entre outros.
Para fazer face, ao actual cenário foram assumidos dois compromissos. O primeiro tem, de entre vários objectivos, a expansão do acesso à informação serviços de qualidade e equitativos do planeamento familiar e contracepção, garantir que jovens pais e mães que o são pela primeira vez tenham acesso a contraceptivos modernos como forma de espaçar/adiar a segunda gravidez (paternidade e maternidade responsáveis).
O segundo esta relacionado com à planificação orçamental, e tem como único objectivo, aumentar a alocação e execução de fundos do orçamento do Estado Moçambicano no Planeamento Familiar.
Denominados Compromissos de Moçambique para a Parceria Global de Planeamento Familiar 2030 ( FP2030), os mesmos foram lançados na Quinta-feira (28.07) em Maputo, num evento dirigido por Sua Excelência Farida Urci, Vice-ministra da Saúde, que na ocasião referiu que o país deu assim um passo importante para continuar a defender o direito das mulheres e raparigas a terem vidas saudáveis, tomarem as suas próprias decisões informadas sobre a contracepção, reduzindo desse modo a morbi mortalidade materna, neonatal e infantil, as gravidezes indesejadas, e contribuir para a retenção da rapariga na escola.
Urci referiu, ainda, que em Moçambique, há uma maior disponibilidade dos contraceptivos, e que, 25% de mulheres é que procuram por algum método de contracepção nas consultas de planeamento familiar.
Os últimos compromissos para a Parceria Global de Planeamento Familiar, vigoraram de 2012 a 2020 e visavam eliminar as necessidades não satisfeitas pelo planeamento familiar nos países. (INTEGRITY)