INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 29 de Julho de 2022 – Senadores da oposição nigeriana estão a pressionar para que o presidente Muhammadu Buhari enfrente o impeachment, menos de um ano antes do final do seu segundo mandato, devido aos crescentes problemas de segurança do país.
Em fevereiro de 2023, os nigerianos vão às urnas para eleger um novo presidente em numa votação muito disputada, onde a segurança e o estado da economia serão as principais questões.
Numa sessão fechada do Senado, senadores do Partido Democrático do Povo (PDP) tentaram apresentar uma moção dando a Buhari seis semanas para melhorar a segurança do país ou enfrentar o impeachment, disse o senador Philip Aduda.
“Nenhum lugar é seguro na Nigéria, nem mesmo Abuja. Medidas urgentes precisam ser tomadas… demos ao presidente seis semanas para resolver a questão ou o impetramos”, disse ele.
Aduda disse que a moção foi bloqueada pelo presidente do Senado, provocando uma paralisação dos senadores da oposição. O Parlamento é controlado pelo partido governista All Progressives Congress (APC) e qualquer movimento para destituir Buhari exigiria o apoio de dois terços dos 109 senadores.
A presidência em comunicado apoiou o presidente do Senado por não “aceitar a ridícula moção de impeachment de nosso presidente”.
A Nigéria está a lutar com problemas de segurança no seu vasto território, incluindo assaltos à mão armada por grupos criminosos, uma revolta armada no nordeste e uma onda de sequestros escolares em massa no noroeste.
O ministro da Informação do governo, Lai Mohammed, disse que a medida de impeachment era propaganda.
“Estamos a trabalhar 24 horas por dia para garantir que a situação seja controlada”, disse Mohammed.
As autoridades nigerianas ordenaram que as escolas na capital, Abuja, fechassem na quarta-feira, dois dias antes das férias de verão, para evitar que se tornassem alvos fáceis de “terror” à medida que a insegurança se espalha, destacando os desafios de segurança do país.
No início deste mês, o grupo Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP) reivindicou a responsabilidade por uma operação numa prisão em Abuja que libertou cerca de 440 presos, dias após um ataque de bandidos suspeitos a um comboio de segurança presidencial no estado natal de Buhari, Katsina. – Aljazeera