INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 29 de Julho de 2022 – O Distrito de Manica tem no seu subsolo uma quantidade estimada em 96 toneladas de ouro segundo última pesquisa do Banco de Moçambique, no entanto, a abundância daquele mineiro começou a aliciar a imigração de povos de outros países, com particular destaque para Libaneses e Chineses, estes que nos últimos dias criam divisão entre a tribo descendente do Mwenemutapa que tem o garimpo como o seu ganha-pão.
Portanto, o líder comunitário da região de Nhamachato, no distrito de Manica é acusado pela população de estar a vender terras para mineradores Chineses sem consentimento daqueles que detém as terras por direito costumeiro, e que usam-na para o garimpo e produção agrícola num negócio que os cemitérios não escapam as investidas chinesas.
Contabiliza-se na região dois (2) cemitérios que já foram vendidos e por sua vez exumados todos os corpos que lá jaziam com finalidade a exploração desenfreada de ouro. João Militão, Nolegy Mateus e Rafique Mabafo, jovens da região de Nhamachato, no distrito de Manica foram unânimes em afirmar que o líder comunitário têm entrado em acordo com os Chineses a revelia da população e esta só assusta com as suas terras a serem escavadas.
“Somos obrigados a entregar as terras e as vezes sem nada em troca porque quando tentamos recusar os chineses dizem que nós temos licença de exploração mineira e que fomos indicados para extrair ouro neste local, o vosso líder já sabe isso”, disseram as fontes tendo avançado que já não têm campos de produção, cemitérios e actividade de renda, disseram eles que os chineses apenas empregam filhos dos ” Boss’s ” nas suas firmas.
Entretanto, o líder comunitário acusado de venda, Norberto Lourenço, refuta todas as acusações que pesam sobre ele e avança que também está a sofrer expropriação da terra. Segundo ele, os chineses são orientados pelo distrito para se fazerem ao local e sem consulta comunitária começam a explorar ouro.
O Distrito de Manica é caracterizado nesses últimos dias por entrada massiva de cidadãos chineses com finalidade de explorar o ouro, um recurso que pode promover economia rápida onde está em abundância, mas aquele ponto da província apresenta ainda sinais de pobreza extrema. (Pedro Tawanda em Manica, para IMN)