De acordo com o abnegado defensor dos direitos humanos em Moçambique e em África, o Professor Adriano Nuvunga, os 33 jovens foram restituídos à liberdade por ordens do Tribunal por não existirem provas para lhes manter na prisão e muito menos para os condenar, mesmo com as “provas fabricadas pela Polícia da República de Moçambique (PRM)” que visava incriminar os prisioneiros políticos e defensores da justiça eleitoral.
Em reacção vários cidadãos exigem que os agentes que os prenderam sejam todos responsabilizados, ou mesmo, que o Estado os indemnize por terem sido detidos injusta e ilegalmente pela PRM na Cidade de Maputo. Entretanto, um dos cidadãos que reagiu à publicação do Professor Adriano Nuvunga foi o jurista e docente universitário Vicente Manjate que disse: “A justiça sempre vinga. Enquanto continuarmos a nos limitarmos a lutar para defender e absolver inocentes e não tomarmos as diligências necessárias visando a responsabilização criminal, civil e disciplinar dos autores materiais e morais destes abusos, começamos a fazer parte de um ciclo vicioso. Temos que dar um basta às prisões ilegais! É crime”.
Reagindo Venâncio Mondlane revelou que na acusação constava que “mentor dos distúrbios que aconteceram na Cidade de Maputo na última sexta-feira”, algo que ele refutou veementemente e denunciou que as pessoas que causaram o caos eram membros infiltrados dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE). Na ocasião Venâncio Mondlane disse que estava no Tribunal para mostrar que não temia nada e que as marchas vão retomar a partir do dia 02 de novembro, quando forem 09 horas a partir da Praça da Juventude na Cidade de Maputo, até que a verdade eleitoral seja reposta.
De referir que a PRM efectuou prisões na Cidade de Nampula, Nacala, Alto-Molócuè, Quelimane e Cidade de Maputo, onde inclusive alguns agentes da corporação saíram feridos. (O.O.)