Segundo afirmou o director-executivo do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones, “este é um projecto que já constava nos programas de reconstrução de novas habitações às 15 mil famílias vulneráveis afectadas pelos ciclones em Sofala. Será financiado pelo Banco Mundial, num valor de 42 milhões de dólares, visando a construção de 15 mil habitações destruídas pelo Idai, cuja selecção de igual número de agregados familiares arrancou nos distritos do Dondo, Búzi e Nhamatanda e Beira”, explicou Luís Paulo Mandlate.
O responsável sublinhou que, “numa primeira fase, foi feito o levantamento e apuramento das famílias beneficiárias, obedecendo a critérios de vulnerabilidade climática, nomeadamente maior exposição às calamidades naturais, níveis de pobreza e de destruição das habitações e acesso às infra-estruturas básicas, entre milhares de casas atingidas pelo ciclone Idai há mais de quatro anos”.
A apresentação do projecto foi feita na quinta-feira, na cidade da Beira, capital da província de Sofala, centro de Moçambique, e resultou de um inquérito, porta a porta, realizado por 555 inquiridores contratados e treinados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com duração de dois meses, no qual foi identificada a existência de mais de 15 mil famílias que necessitam de assistência urgente na reabilitação das respectivas infra-estruturas.
Luís Paulo Mandlate referiu ainda que, para além da componente habitacional que será coberta pelo financiamento do Banco Mundial, o seu gabinete conta com mais 58 milhões de dólares para a restauração e construção de 43 edifícios públicos arruinados na Beira, Dondo, Búzi, Dondo e Nhamatanda, quatro mercados destruídos no Búzi, Dondo e Nhamatanda e uma ponte cais no Búzi.
O responsável acrescentou igualmente que as necessidades de reconstrução pós-ciclones em Moçambique situam-se na ordem dos 3,2 mil milhões de dólares, para uma disponibilidade de apenas 1,6 mil milhões de dólares.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.
O período chuvoso de 2018-19 foi dos mais severos de que há memória no País, no qual 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o País. (DE)
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