Tudo começa depois do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), através do seu mandatário Renato Muelega terem submetido um recurso contencioso exigindo a recontagem dos votos, tendo a Juíza da 2ª Secção do Tribunal Judicial do Distrito da Matola (TJDM) dado provimento para que assim fosse.
Sucedido que diante desta decisão do Tribunal, a revelia dos colegas de direcção. A Presidente da Comissão Distrital de Eleições na Cidade da Matola, Carolina Cumbana decidiu unilateralmente elaborar um recurso de contestação e ao que tudo indica através de um documento assinado “sob ameaça mortal” ao mandatário político do MDM na Matola, que prontamente tratou de comunicar ao Tribunal da forma como o mesmo foi conseguido.
Inconformados com os métodos maquiavelistas usados pela Direcção do CDE da Matola, um grupo de seis vogais distritais submeteram uma queixa ao Conselho Constitucional (CC) denunciando a “sanha criminal” da Presidente da CDE, exigindo que o recurso submetido por está seja revogado e mesma afastada da função.
A situação na Matola tornou-se cataclísmica com os shows de recursos a inundar os tribunais de todos os cantos, inclusive a Frelimo que se arroga de ter vencido as eleições elaborou um recurso às pressas, onde é possível verificar erros jurídicos de palmatória que até um iniciante do curso de licenciatura em Direito não cometeria. Começando pelo respeito dos prazos legais à Lei mencionada para tal.
O facto é que a guerra pelo poder na Matola está ao rubro, uma vez que a oposição de hoje não é a mesma que aceitou que a Frelimo governasse a autarquia da Matola em 2018, mesmo sendo minoria na Assembleia Municipal e com acordos secretos que deixaram que o autarca chegasse ao fim do mandato sem qualquer constrangimento.
Lembre-se que foi na Matola, onde membros da Comissão Distrital de Eleições (CDE) ligados à oposição foram expulsos da sala de contagem dos votos por ordens superiores, deixando uma imagem lastimável do processo eleitoral em Moçambique para sempre. (O.O.)
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