INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 27 de Julho de 2022 – Imagine isso: um membro do parlamentar foi multado em US$ 7 milhões por corrupção e condenado a 67 anos de prisão; um alto funcionário público com uma ordem de apreensão de bens contra ele; legisladores condenados por suborno, crimes económicos e sob investigação de corrupção.
Todos acima mencionados estão na corrida às eleições presidenciais e parlamentares de 9 de Agosto no Quénia, alimentando a frustração dos eleitores com a corrupção endémica num país há muito considerado uma das democracias mais vibrantes da África Oriental.
O órgão anti-corrupção do governo, a Comissão de Ética e Anti-corrupção (EACC – sigla inglesa), recomendou que 241 candidatos fossem desqualificados na corrida, mas apenas cinco foram.
A Comissão Eleitoral local recusou-se a comentar casos individuais, mas disse que a Constituição só permite rejeitar candidatos com base em condenações se eles tiverem esgotado todas as vias de recurso.
A lista de candidatos da EACC que deveriam ser desqualificadas, partilhada com a agência de notícias Reuters, incluía 55 pessoas acusadas de crimes, três com condenações e 11 sob investigação. Outros foram acusados de falsificar certificados académicos ou não renunciar a cargos públicos, requisito para concorrer.
Os principais candidatos presidenciais, o vice-presidente William Ruto e o veterano líder da oposição Raila Odinga, prometeram reprimir a corrupção. Mas suas promessas soam vazias para muitos quenianos desiludidos.
“A corrupção é um grande problema”, disse Daniel Musau, mototaxista de Nairóbi. “Isso faz com que as pessoas não votem… Vemos tantos que não têm cartão de eleitor por causa dessa questão da corrupção.”
As campanhas de recenseamento eleitoral não conseguiram atingir nem metade dos seis milhões de cidadãos visados, um dos níveis mais baixos desde o advento da democracia multipartidária em 1992. – Alljazeera







