INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 27 de Julho de 2022 – Foi durante a 16ª reunião anual do grupo de trabalho de inspectores de Defesa da Comunidade dos Países para o Desenvolvimento da África do Sul (SADC) que se revelou a falta de comunicação e coordenação entre os Estados-membros, cuja tarefa é garantir que as actividades decorram sem sobressaltos, como as da força que combate o terrorismo em Cabo Delgado.
O encontro visou avaliar as actividades realizadas desde o encontro anterior, analisar o relatório do presidente da Troika cessante e discutir, entre outras actividades, sobre o relatório da missão de reconhecimento da SAMIM.
Na reunião, para além de Moçambique, fizeram parte da reunião virtual os inspectores de defesa da SADC e outros convidados dos 12 Estados-membros activos, com a excepção de Madagáscar, Maurícias, Seychelles e Comores.
Coube ao presidente cessante da Troika apresentar o relatório das actividades durante o seu mandato de 12 meses. Entre outros aspectos, revelou-se a falta de comunicação e coordenação entre os Estados-membros.
“Houve falta de comunicação e coordenação entre os Estados-membros, o que dificultou o repasse e recepção de informações. As mensagens que necessitavam de reconhecimento e respostas ao presidente não foram atendidas por razões desconhecidas”, avançou o presidente cessante.
Um outro desafio avançado pela Troika tem a ver com a COVID-19, que, segundo o relatório, “interrompeu a execução das actividades planificadas, principalmente a fiscalização de exercícios regionais pelos Estados-membros, que não puderam ser realizados naquelas circunstâncias”.
Do lado de Moçambique, representado pelo major general Victor Muiretule, a avaliação do relatório é positiva, porém, reconhece os desafios, que devem merecer a atenção de todas as nações.
“É uma questão conjuntural; pois, esta situação relaciona-se com o que temos estado a tratar. Alguns Estados têm dificuldades em enviar as informações, mas é um assunto que o tempo poderá resolver, uma vez que se trata de problemas técnicos. Obviamente, Moçambique não está fora desta linha de dificuldades de comunicação”, esclareceu Muiretule.
“A SADC colocou a sua equipa em Cabo Delgado, para melhor perceber as capacidades organizacionais da força que tem estado a actuar na zona Norte, para compreender, facilitar e propor medidas que devem ser tomadas a nível superior”, afirmou. (INTEGRITY)