Conforme reportamos nas edições anteriores, depois da morte de Ibn Omar e mais 30 líderes do grupo terroristas pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) e Forças amigas presentes no Teatro Operacional Norte (TON), as atenções dos terroristas estão agora voltadas para o distrito de Mocímboa da Praia, o palco da primeira grande incursão terrorista que no próximo dia 5 de outubro, completará seis anos (2017-2023).
Os dias são incertos. As incursões ocorrem sempre em momentos que ninguém espera e quase sempre sem a presença de quem tem o mandato para “colocar fora de combate” os terroristas. Na sexta-feira (29.09) por exemplo, na aldeia Ulo, mais de 250 habitantes, entre crianças, mulheres e idosos foram brutalmente espancados e ameaçados a abandonarem o local, caso contrário, seriam cortados dois membros, sendo um superior e outro inferior – o caso criou pânico e uma onda de deslocados para a vila, num contexto em que a mesma informação foi colocada a circular em outras aldeias, localidades e postos administrativos.
Ninguém imaginava que um local que aos poucos ressuscitava, rapidamente se transformaria num centro de aflições e medo, mesmo com a presença da “temível tropa de Kagame” e outras a população voltou a assistir um massacre de civis e queimas de palhotas, ou seja, um retorno ao método inicial do grupo terrorista. Enquanto isso, em Maputo, o Ministro da Defesa Nacional (MDN), Cristóvão Chume, explica com exatidão as metamorfoses do grupo e demonstra conhecer a língua adequada do fenómeno com o País está a enfrentar, que a morte de Bonomade Machude Omar, não era o fim do terrorismo, mas sim, uma grande batalha vencida, agora restam outros “nó de estrangulamento tático e financeiro” que devem ser infringidos ao grupo.
Entretanto, diante deste cenário de caos, nos últimos dias, alguns comerciantes do distrito de Mueda, não estão a ser permitidos seguir com os seus produtos para Mocímboa da Praia, alegadamente porque o distrito é “celeiro dos terroristas”, uma linguagem que segundo uma fonte militar que revelou a situação em anonimato para a nossa reportagem, deixou enfurecida os militares ruandeses que delegaram uma equipa para Mueda, com o intuito de resolver o problema e espera-se que nos próximos dias os comerciantes de Mueda voltem a abastecer os de Mocímboa da Praia.
Aliada as actuais incursões, certas famílias residentes nas aldeias visadas pelos terroristas chegaram a sair das suas residências sem qualquer objecto em direcção à vila, onde a segurança é maior e a triagem também, os outros com poucos condições começaram a sair do distrito por temer outros contornos e o cenário vivido nos anos 2020 a 2021, onde os terroristas acabaram expulsando toda a população e as instituições públicas e privadas ficaram fechadas, até que uma operação conjunta das FDS e as Forças amigas em 2021, recuperou Mocímboa da Praia e outras áreas ocupadas pelo grupo terrorista.
Contudo, os ataques terroristas em Cabo Delgado hoje, apresentam várias nuances com mudanças de abordagens difíceis de prever, havendo segmentos sociais da população que chega a duvidar até da morte de certos líderes do grupo, mesmo com as comunicações oficiais do Chefe do Estado Maior, Joaquim Mangrasse, do Ministro da Defesa Nacional (MDN), Cristóvão Chume, do Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael e do próprio Chefe do Estado de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi.
No entanto, ontem (01.10), o Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, que se encontrava em Mocímboa da Praia, disse que “é preciso estar de prontidão para que não haja surpresas na vila de Mocímboa da Praia. Qualquer disparo pode propiciar a fuga da população”. (O.O.)
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