INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 25 de Julho de 2022 – Num período em que as políticas do Governo de Moçambique pretendem ver 80% da população local provida de água potável até 2030, ainda se regista uma parte significativa da população da cidade de Chimoio, província de Manica, que não dispõe do precioso líquido, desde o passado dia 17 de Julho de 2022 (Domingo).
No trabalho de campo feito pela nossa reportagem, constatamos que o problema se regista nos bairros 7 de Abril, Quatro, 3 de Fevereiro, Mudzingadzi, Francisco Manyanga, Nhamaonha, 1º de Maio, Soalpo, Josina Machel e parte dos bairros da Vila Nova e Tambara II, cuja população é obrigada a recorrer a meios alternativos para obter água potável.
No bairro 7 de Abril, deparamo-nos com Berta Jaime e Zita Matral, carregando baldes e a percorrer pelas ruas do bairro além, de quarteirão a quarteirão, à procura do precioso líquido.
“A situação está mal desde Domingo. Todo o stock de água que tínhamos esgotou, assim temos que encontrar água a qualquer custo, para, pelo menos, usarmos na cozinha e para o banho ficar em segundo plano”, disse Berta Jaime.
Conforme apuramos das autoridades locais, a escassez de água potável na cidade de Chimoio resulta de uma ruptura da maior conduta de água ao nível da cidade, localizada na zona dos 37 milímetros.
Reagindo à situação, Cristina Morteiro – do Departamento de Comunicação e Marketing do Fundo de Investimento para o Abastecimento de Água (FIPAG) em Manica – explicou que, em razão da gravidade do problema, a sua instituição mobilizou vários técnicos para o local da avaria; pois, a qualquer momento, conforme assegurou, será um problema ultrapassado.
De referir que a restrição no fornecimento de água na cidade de Chimoio surge numa altura em que os funcionários das empresas fornecedoras se desdobram para distribuir facturas mensais pelas famílias que não vêm o precioso líquido a jorrar nas suas torneiras já há bastante tempo. (Pedro Tawanda, em Manica para IMN)