Omo! Omo! Omoooo!
Os jovens bem-dispostos e com saúde em dia apoiados por um megafone iam fazendo um barulho ensurdecedor em forma de publicidade enganosa, porque o foco era vender aos moradores um detergente em pó pouco familiar naquela comunidade, cuja marca era “super clean” e atroar o Omo em nome daquele detergente “in familiar” era boa saída para que o negócio rendesse naquela tarde em que o sol já envergonhado ia se deitar.
Esse Omo nem sai espuma! Cochichava uma senhora, sob alegação das qualidades que eram lançadas por aqueles jovens sobre o “falso-detergente”.
Sim, falso porque para além do nome rotulado na embalagem, era atribuído ao Omo uma marca de detergente em pó, que tem a idade dos nossos ancestrais. É como quando mandamos os nossos filhos lá em casa para ir adquirir nos bazares uma pasta dentífrica, sempre elencamos o colgate mesmo sabendo que da marca vira uma contrária.
Omo! Omo! Omoooo!
Aqueles jovens iam se empenhado na publicidade enganosa, mesmo assim o produto ia granjeando simpatia de algumas moradoras, talvez porque a música usada para o ensejo tinha o título “Pavida”, um ritmo amapiano originário da Cidade de Chimoio que faz bastante sucesso por aquelas bandas. O “Pavidado” literalmente traduzido quer dizer “cabe a si” é do radialista, humorista e músico Narciso Ernesto, cuja parte do seu talento está ainda no anonimato e não sei se aqueles jovens tiveram a oportunidade de aproximar ao autor do “Pavida” para a reserva dos direitos autorais? É uma questão que vou tentar ter a satisfação do Narciso na próxima primavera.
Omo! Omo! Omoooo!
São publicidades enganosas como a tal que a partir das zero hora do dia 26 de Setembro de 2023 iremos ouvir em 65 municípios ao nível do país, quando os mais de 20 partidos políticos e grupos de cidadãos concorrentes começarem a tentar puxar a brasa ao seu favor rumo as autarquias de 11 de Outubro.
Até que haja formações políticas que já começaram com as aldrabices, já nos prometem paraísos, já isentaram algumas taxas que virão à carga depois de 11 de Outubro.
Nos próximos dias iremos ouvir que a Cidade da Beira, uma das mais disputadas será ao largo da costa construída nos próximos cinco anos um muro de betão para se proteger dos ciclones e ventos fortes que tomam aquela urbe costeira como via.
Vão prometer cobrir as nossas cidades com chapas IBR, para que não apanhamos molhadas durante as chuvas que são boas para o nosso organismo, ao invés de propor soluções para as águas após um dilúvio desaparecer da Town.
Vão continuar a prometer construir rios nas cidades, um recurso que só a mãe natureza sabe como é que surgiu.
Para além da distribuição de habituais capulanas e camisetas que nem servem para depois serem usadas em locais de interesse público como igrejas e outros.
Os jovens então! Esses serão sempre enganados até a vinda do Cristo.
Omo! Omo! Omoooo!
Serão mais de 10 dias de tutu máfia.
Por: Pedro Tawanda
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