INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 22 de Julho de 2022 – Numa altura em que dados recolhidos de diferentes fontes militares e de organizações da sociedade civil afirmam que, afinal, os terroristas não assassinaram apenas duas pessoas, mas cinco, na aldeia de Muaja, no limítrofe entre os distritos de Ancuabe e Montepuez, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique; nesta sexta-feira, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) iniciaram uma vasculha a “pente fino”, para restabelecer a segurança.
Conforme as fontes, o aviso sobre esta operação foi feito na última quarta-feira, onde se exortou que todos os camponeses se retirassem das machambas e dos esconderijos, sendo a ideia afugentar qualquer presença dos elementos do grupo terrorista que, desde Outubro de 2017, vem alterando a ordem social, económica e política em Cabo Delgado e no país em geral.
Entretanto, “Integrity” apurou que é nesta região onde se esta a fazer a vasculha que se localiza a maior base militar do Partido RENAMO, que dispõe perto de 400 militares, aguardando o processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração (DDR). O que se pressupõe poderá gerar um clima de tensão, caso haja uma invasão dos perímetros da Base de Namanhumbir.
De acordo com a m𝐢𝐧𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚 𝐆𝐞𝐦𝐟𝐢𝐞𝐥𝐝𝐬, houve um ataque algures perto da sua mina de rubi, que opera naquela região; entretanto, a multinacional avançou que as operações não foram interrompidas. De referir ainda que, até então, segundo o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), os ataques terroristas já podem ter provocado mais de 960 mil deslocados internos. (OZO)