“O painel de investigação estabeleceu que a mercadoria que foi entregue pelo navio Lady R em Simonstown era equipamento para a SANDF [Forças Armadas da África do Sul], que havia solicitado, tinha sido encomendado pela Armscor [a agência de aquisição de armamentos do Ministério da Defesa sul-africano] e que era aguardado desde 2018. O equipamento foi encomendado a uma empresa sediada nos Emirados Árabes Unidos. Estava muito atrasado”, lê-se no sumário do relatório de uma investigação, divulgado pela Presidência da República sul-africana, a que a Lusa teve acesso.
O painel apontou que as autoridades da Defesa sul-africana tomaram conhecimento, em outubro de 2022, que o navio Lady R estava sob sanções dos Estados Unidos da América (EUA) “quando o navio já se encontrava a caminho”, sublinhando que “essas sanções não tinham sido aprovadas pelas Nações Unidas e, portanto, não eram vinculativas para a África do Sul”.
Segundo o documento, o equipamento militar foi descarregado durante a noite, entre os dias 07 e 09 de dezembro de 2022, sublinhando que “os detalhes do equipamento descarregado e o uso a que se destina são do conhecimento do Painel”.
“Apesar de alguns rumores de que algum equipamento ou armas foram carregados no Lady R, o Painel não encontrou provas que fundamentassem essas alegações. As provas disponíveis apenas confirmaram o descarregamento e que não houve nada carregado”, concluiu o painel de investigação.
Em comunicado, divulgado na noite de terça-feira, a Presidência da República sul-africana considerou como encerrada a investigação sobre a polémica despoletada pelos EUA em torno do navio russo Lady R. Numa comunicação ao país na noite anterior, o Presidente Ramaphosa disse que o relatório permanecerá confidencial por motivos de defesa e segurança nacional do país.
Em maio, o embaixador dos Estados Unidos na África do Sul, Reuben Brigety, alegou publicamente que Pretória tinha carregado armas e munições no navio russo Lady R, que atracou na base naval de Simonstown, próximo da Cidade do Cabo, entre 06 e 09 de dezembro de 2022.
Na altura, as alegações do embaixador norte-americano colocaram também o foco na insistência da África do Sul em se manter “não-alinhada” com os países da Europa e do Ocidente que prestam apoio militar a Kiev como resposta à guerra da Rússia na Ucrânia, optando por encetar esforços diplomáticos de paz para a resolução do conflito.
O embaixador dos EUA não divulgou publicamente as provas do alegado fornecimento sul-africano de armas e munições à Rússia para a guerra na Ucrânia.
Fonte: Lusa
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