INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 19 de Julho de 2022- O Governo moçambicano poderá ratificar, nos próximos dias, o Acordo de Acesso à Zona de Comércio Livre Continental Africana, que, entre vários benefícios, prevê a isenção fiscal no comércio de bens e serviços em 54 países.
Falando recentemente no distrito de Nacala-à-Velha, província de Nampula, o Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, defendeu que a adesão a este pacto é mais uma oportunidade que se abre para a melhoria e superação do persistente défice do comércio Saldo.
Aliás, segundo dados avançados pela carteira partilhada em 2021, o défice da balança comercial marcou 5583 milhões de dólares de exportações (um crescimento de 55%), contra 8618 milhões de dólares de importações (um crescimento de 33%).
Assinado em 2016 por 44 países da capital de Ruanda, Kigali, o Acordo de Acesso à Área de Livre Comércio Continental Africana só começou a ser ratificado em Dezembro de 2020, entrando em vigor em Janeiro de 2021.
No início deste ano, o Tratado de Livre Comércio Continental Africano havia sido ratificado por 42 estados, cobrindo mais de 70 por cento do comércio entre as economias desta região do mundo.
O sucesso do tratado é visto como uma esperança para os africanos que vivem na pobreza e para beneficiar grupos em situação de fragilidade, como mais de 70 por cento das mulheres em vários sectores, incluindo o sector informal. Os analistas olham para esta iniciativa como base para a recuperação do continente.
De facto, o acesso ao mercado é projectado para atingir potencialmente mais de 1 bilião de consumidores, mas acredita-se que cerca de 2,5 biliões de pessoas possam se beneficiar até meados deste século.