IMN-MOÇAMBIQUE, 15 de Julho de 2022 – A modalidade de estudo em escala adoptada pelo Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) em Moçambique para fazer face a COVID-19 nos últimos 2 anos, como se previa veio para afundar a qualidade de ensino que já se punha em causa desde que o Governo moçambicano admitiu constantes mudanças de currículo no sector da educação desde a proclamação da independência no país em 1975.
Segundo o estudo, a Cidade de Chimoio, capital provincial de Manica é disto exemplo, uma vez que o estudo da Plataforma da Sociedade Civil (PLASOC) revelou que três em cada 10 alunos das quartas a sétimas classes não têm domínio de leitura e 6 dentre 10 destes revelaram-se ter dificuldades na escrita, sendo um dos factores a redução dos dias de aulas de 5 para 2 durante o pico da pandemia e fraca qualidade formativa dos professores. Este último factor vêm reforçado ao absenteísmo do corpo docente ao ensino público em detrimento do privado no qual a tabela salarial é aliciante.
Na perspectiva do estudo, o Coordenador Executivo da PLASOC em Manica defende a adopção de medidas urgentes para dar cobro a situação porque uma criança com literacia dificilmente pode pôr em causa os valores éticos e morais de uma Nação. Danilo Mairoce é de opinião que o governo, a sociedade civil e a comunidade deve-se unir em prol da qualidade de ensino no país.
Porém, os estudos recomendam a capacitação contínua de professores com enfoque nas técnicas de inovações em tempo de calamidades públicas, deve-se melhorar a Política Nacional de Educação para que se centre no seio do aluno, e as comunidades devem criar grupos de auxílio de alunos no exercício de leitura e escrita. (Pedro Tawanda, em Manica para a Integrity)