- Novos pedidos de exportação exigirão licenças especiais e revisão do órgão máximo do governo, o Conselho de Estado da China.
- A rivalidade China-EUA está desacelerando indústrias de tecnologia em outros países enquanto ambos os lados defendem que estão “protegendo a segurança nacional”.
- O neodímio, por exemplo, que também entra na lista de restrições, é fundamental para fazer as rodas de um Tesla e para a manufatura dos AirPods da Apple, e a China domina a mineração e o processamento desse elemento.
- O gálio é usado em carregadores de telefone e veículos elétricos, além de aplicações comerciais e militares.
- O arsenieto de gálio – um composto com arsênico –, é amplamente usado em chips de alto desempenho porque é mais resistente ao calor e à umidade.
- As forças armadas dos EUA, por sua vez, dependem do nitreto de gálio, conhecido por suas propriedades de transmissão eficiente de energia e usado em radares.
- Já o germânio, costuma ser usado na fabricação de sistemas de fibra óptica e células solares, incluindo aquelas usadas em aplicações espaciais.
- Até o momento, o governo americano não se manifestou sobre a decisão dos chineses.
Vale lembrar que os EUA suspenderam as exportações de equipamentos para produção de semicondutores para a China em outubro passado, mais tarde Coreia do Sul e Holanda acompanharam a decisão dos americanos. Agora, o governo Biden considera também congelar às exportações de chips de inteligência artificial.
O que dizem os especialistas
Esta medida terá um efeito cascata imediato na indústria de semicondutores, especialmente no que diz respeito a chips de alto desempenho
Alastair Neill, membro do Critical Mineral Institute e especialista na indústria de metais da China
Os controles de exportação permitem que Pequim atenda ainda empresas individuais e tome decisões com base em fatores geopolíticos, explicou Paul Triolo, da consultoria Albright Stonebridge Group.
A China também sinalizou aos EUA que está interessada em estabelecer um novo diálogo bilateral sobre os controles de exportação. O último movimento pode fornecer mais influência nas discussões, acrescenta o especialista.
É realmente uma flexão de braço, para lembrar aos EUA o quão fortes eles são e nos lembrar quanto controle eles têm sobre nossas cadeias de suprimentos
Nazak Nikakhtar, já ocupou cargos relacionado à segurança nacional e cadeias de suprimentos de commodities no Departamento de Comércio americano.
Com informações do The Wall Street Journal