IMN-MOÇAMBIQUE, 13 de Julho de 2022 – O novo líder da Igreja Anglicana na Diocese de Niassa, Lucas Mchema, é de opinião que apenas o diálogo, entre o governo e os atacantes, pode fazer cessar os ataques terroristas, que ocorrem desde Outubro de 2017, na província de Cabo Delgado, numa altura em que há novos relatos de mortes em aldeias.
Lucas Mchema entende que uma sentada entre as partes, pode facilitar a descoberta da verdade e dos líderes dos ataques, na província de Cabo Delgado, e sem isso, os riscos de alastrar-se para outras províncias é maior.
“O assunto de Cabo Delgado precisamos de ter diálogo, não podemos matar um irmão. Hoje é em Cabo Delgado e amanhã pode ser num outro local. Como moçambicanos, devemos sentar e descobrir a origem da guerra, assim como os promotores, e sentarmos com eles e ter a melhor solução” – argumentou o novo Bispo Anglicano, na província de Niassa.
Lucas Mchema, que falava, nesta segunda-feira, pouco depois de ter sido declarado, o novo timoneiro da Igreja Anglicana, um acto que contou com a presença da Ministra dos Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, membros governo de Niassa e outros intervenientes, na localidade Messumba, distrito do Lago, prometeu rezar pela paz, em Cabo Delgado.
Os ataques terroristas em Cabo Delgado, começaram na madrugada de 5 de Outubro de 2017 e afectaram 11 dos 17 distritos daquela província. De lá para cá, os ataques continuam, mesmo com a presença das forças da SADC e do Ruanda que se juntaram às tropas moçambicanas.
As organizações humanitárias e de monitoria do conflito estimam que mais de 4 mil pessoas perderam a vida, mais de 800 mil estão deslocadas, além de vários desaparecidos. (Mussa Yussuf, em Pemba IMN )