Dono do Titan negligenciou norma fundamental de segurança na construção da cápsula

O dono do submarino Titan negligenciou uma norma fundamental de segurança na construção da cápsula – e ele mesmo admitiu isso em um vídeo.

Há dois anos, Stockton Rush disse:

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“Eu quebrei algumas regras para tornar isso possível. Acho que quebrei usando a lógica e a boa engenharia. A fibra de carbono misturada com titânio… tem uma regra que diz para não fazer isso e, bom, eu fiz”.

Para resistir à alta pressão do fundo do mar, submarinos precisam ser construídos com materiais ultrarresistentes como o titânio, um dos metais mais fortes e, por isso, um dos mais caros. A fibra de carbono não tem a mesma resistência e pode ceder quando exposta a uma pressão muito alta.

A declaração do dono da OceanGate revela que ele sabia do risco envolvendo o uso da fibra de carbono na construção do Titan, mas decidiu continuar submetendo a cápsula a uma pressão 400 vezes maior do que a da superfície.

Desde 2018, especialistas vinham alertando que o minissubmarino não era seguro para mergulhar até a profundidade onde estão os destroços do Titanic. Mesmo assim, as missões arriscadas seguiram adiante.

Como as viagens turísticas ao Titanic eram feitas em águas internacionais, nenhum país regulamentava as operações da cápsula Titan. Além disso, os passageiros tinham de assinar termos em que assumiam os riscos. Agora, Estados Unidos e Canadá decidiram estudar como mudar a regulamentação.

Uma tia do jovem paquistanês que morreu na implosão contou que o Suleman Dawood não fazia questão de embarcar e que só foi para se aproximar do pai, que também morreu na tragédia.