IMN-MOÇAMBIQUE, 11 de Julho de 2022 – O nigeriano Aliko Dangote, de 64 anos, magnata do cimento cujo património de US$ 11,6 biliões coloca-o como empresário mais valioso da África e o homem negro mais rico do mundo, de acordo com a revista Forbes.
Dangote é CEO da Dangote Group, holding que tem 85% de participação na empresa homónima de cimento a maior do continente, operando em 14 países da região e produzindo em média 45,6 milhões de toneladas métricas do insumo por ano. Investimentos nos sectores de sal, açúcar, farinha, óleo e gás refinado, compõem outra parte do seu património.
Bisneto de Alhaji Alhassan Dantata, o homem mais rico da África Ocidental até os anos 50, assim como neto de um bem-sucedido comerciante de arroz e aveia, Aliko Dangote vem de uma abastada família muçulmana. E aqui vai um detalhe cultural: por ser o primeiro neto, do bilionário, como é tradição no seu país, foi criado principalmente pelo avô. O empresário nasceu em Kano, no norte da Nigéria, e desde cedo tinha queda para os negócios, comprando doces para revender aos colegas de sala de aula na época em que cursava o equivalente ao ensino geral nigeriano.
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Pouco tempo depois de fazer 20 anos, Dangote se formou em administração pela Universidade Al-Azhar no Cairo, Egipto, e, de volta à Nigéria, pegou um empréstimo de 3 mil dólares com o tio para começar seu negócio (hoje o Dangote Group). Com o passar dos anos e de dez regimes nigerianos a companhia se cristalizou como uma das maiores empresas contratantes do país. Um crescimento rápido significou que o bilionário foi capaz de pagar o que devia ao tio em Tembo hábil, mas também rendeu problemas principalmente uma dívida de US $2 biliões que obrigou o empresário a dar um passo atrás e redesenhar seu negócio.
Em entrevista à revista Time, Dangote diz que, após o susto inicial, a chave do sucesso de seu negócio foi ter mantido capital em mãos na hora que o investimento foi necessário. “Fomos capazes de erguer nosso próprio sistema de energia. A principal coisa que mata negócios africanos é a electricidade, ou a falta dela. Queríamos fazer a companhia ser completamente independente”, diz. O plano, segundo o próprio, custou cerca de US $1,2 biliões.
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Em conversa com a revista New African, Dangole disse ter duas regras como investidor: “Primeiro, só entro em negócios que sou capaz de entender por completo. Nunca invisto em algo que não me é claro. O segundo princípio é que devo ser capaz de me tornar número um ou, na pior das hipóteses, número dois desse sector.”
Aqui e ali, o nigeriano seguiu a cartilha de um super-rico: casas em países diversos, incluindo duas propriedades em Atlanta, nos Estados Unidos (embora Dangote tenha desistido de ambas há alguns anos), e uma colecção de 25 carros, entre Ferraris e Porsches. “Costumava conduzir de Lagos a Kano a 290 km/h, mas parei de fazer isso quando minha segunda filha nasceu”, brinca o bilionário, hoje pai de três filhas. Assim como outros donos de grandes patrimónios, Dangote não esconde o interesse por investir em equipas de futebol. No caso do nigeriano, sua mira esteve frequentemente sobre a equipe de futebol londrina Arsenal. Desde 2018, no entanto, a equipa é controlada por outro bilionário, o americano Stan Kroenke, que em abril deste ano anunciou não ter interesse em vendê-la. (Integrity em parceria)
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