IMN-MOÇAMBIQUE, 11 de Julho de 2022 – A Polícia da República de Moçambique (PRM), já tem ordens para inviabilizar as actividades políticas de partidos da oposição, quando é notória a corrida para as eleições autárquicas agendadas para Outubro de 2023. Em alguns casos, a actuação ilegal da corporação que visa impedir o exercício de partidos políticos da oposição é acompanhada com uso da força e armas de fogo.
Os casos mais recentes, de intolerância policial, contra os partidos políticos da oposição, aconteceram nos distritos de Chiúre, o maior círculo eleitoral de Cabo Delgado e no distrito de Mecuburi, na província de Nampula.
Conforme aferiu Integrity Magazine, num dos bairros da vila autárquica de Chiúre, a PRM local, tentou na semana passada, impedir actividades políticas da RENAMO, segundo contou um residente, mas sem detalhes, afirmando que no local houve tiroteio, até que a liderança do maior partido político chegou ao entendimento com os agentes destacados.
Mas, o caso mais mediático, deu-se a 5 de Julho corrente, no distrito de Mecuburi, na província de Nampula, onde a polícia tentou impedir a realização de marcha da Liga Feminina da RENAMO, em alusão ao dia das mulheres naquela formação política.
A Polícia local, orientada pelo Chefe das Operações, que alegadamente estava sob efeito de álcool, chegou de ordenar tiroteio, para as manifestantes, lideradas pela deputada e delegada provincial da RENAMO em Nampula, Abiba Aba.
Nas imediações do centro de saúde local, vários tiros foram disparados por dezenas de agentes da PRM, para expulsar os presentes na marcha com alegações de que a mesma não tinha sido autorizada e nem era do conhecimento das autoridades policiais naquele distrito.
O desfile em saudação as mulheres que se juntaram ao falecido líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, a 5 de Julho de 1980, viria mais tarde acontecer mesmo sem vontade dos agentes da PRM de Mecuburi. (Mussa Yussuf, em Pemba para IMN)