“A posição de endividamento reduziu em 47,3 milhões de USD, atingindo deste modo um rácio de dívida/capital próprio inferior a 1 e, por conseguinte, a LAM deixa de ser considerada tecnicamente insolvente”, afirmou Sérgio Matos, Gestor do Projecto de Reestruturação da LAM.
Segundo o gestor, para lograr tal feito, a gestão “suspendeu todas condições de crédito na venda de bilhetes”. “Isso aumentou a receita de vendas em 15%”, disse.
Para a FMA, é imperativo que a LAM seja reorganizada e reestruturada com base nos seus requisitos operacionais “A LAM opera num ambiente comercial desafiante, dinâmico e altamente competitivo, exacerbado por fraquezas e ineficiências específicas da organização que tornam o seu modelo de negócio insustentável”, disse sobre a situação encontrada na LAM.
Sérgio Matos explicou que o balanço da LAM é fraco devido fundamentalmente, a perdas operacionais, altos níveis de dívida insustentáveis e altos preços dos combustíveis nos últimos anos.
A FMA, observa, no entanto, que a LAM tem contado com o apoio financeiro dos accionistas ao longo da última década, contudo, os capitais próprios e as reservas têm sido negativos em 7 dos últimos 10 anos.
“Esta situação teve um impacto negativo na solvência e aumentou também o risco de negociação imprudente”, constata a FMA.
Corroborando os estudos que antecederam a contratação da FM para gerir a LAM, a concessionária, confirma que “a companhia aérea não é competitiva no mercado e não opera da melhor forma tendo em conta a sua geração de receitas”.
Foi perante este quadro de problemas que foram encetadas as medidas que, segundo a Comissão de Gestão, visam assegurar a eficiência operacional, a melhoria da prestação de serviços e a rentabilidade, ao mesmo tempo que as redundâncias e duplicações são identificadas e resolvidas.
As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira, 29/05, no evento que serviu para dar a conhecer o resultado das acções desenvolvidas pela Fly Modern Ark na LAM.
A FMA, observa, no entanto, que a LAM tem contado com o apoio financeiro dos accionistas ao longo da última década, contudo, os capitais próprios e as reservas têm sido negativos em 7 dos últimos 10 anos. (O. Económico)