Segundo apurou à “Integrity”, os mesmos teriam sido detidos depois que o grupo de monitoria, ligado à inteligência militar tomou conhecimento de que os mesmos difundiam mensagens em vários grupos de WhatsApp contestando a Direcção do Almirante Mangrasse, apelando os colegas para não se fazerem presente nas unidades militares como forma de exigir pagamento a tempo de salário e retroativos.
De acordo com diversas fontes, quatro sargentos são do Estado-Maior General e dois da Força Aérea, ficaram detidos três dias nas celas militares do EMG (Estado Maior General) e no dia 10 do mês em curso foram transferidos para as celas militares do Comando da Polícia Militar, na Cidade de Maputo.
Neste momento está correndo processos disciplinares contra os sargentos e posteriormente serão expulsos conforme garantiu uma fonte oficial que confirmou o facto à nossa reportagem. Entretanto, devido a determinadas matérias ligadas ao terrorismo difundidas por certos militares, mais elementos das FADM serão chamados para responder criminalmente no Tribunal.
Portanto, “Integrity” apurou que até ao fecho desta reportagem os parentes dos detidos ainda não haviam tido contactos com os detidos. Diante da situação, “Integrity” interagiu com fontes oficiais, que confirmou as detenções e avançou que tudo foi com base no Regulamento da Disciplina Militar no seu artigo 2, que prevê sanções a que se comportar além da disciplina militar. Temos alguns incentivadores da desordem em número de seis. Mas também, temos o caso de quem usou informações como a partilha do vídeo que circulou há dias nas redes sociais de um militar nas mãos do inimigo, datado de 2020 e o caso já foi remetido ao Ministério Público, e esperamos que com base na Lei contra o terrorismo, as pessoas venham a pegar de 2 a 8 anos de prisão, por partilhar informações terroristas. (Omardine Omar)