Entretanto, quando tudo parecia estar a voltar ao normal na UIR, eis que uma ordem de serviço com o número 67/UIR/GC/2023, datada de 24 de abril de 2023, carimbada e assinada pelo “famoso Comandante da UIR”, Francisco Quiasse Mandiquida, conhecido pela célebre frase proferida numa das frenéticas paradas matinais em Cabo Delgado em 2020 no âmbito do combate ao terrorismo, de que “prefiro ter 10 homens altamente combativos que 1000 covardes (…)”.
Outrossim, consta na ordem de serviço acima citada que “o Gabinete do Comandante, vem por este meio informar que por motivos de exiguidade de fundos nas rubricas de ajudas de custo e subsídio de funeral, não estão sendo pagas estas despesas.” Ou seja, de todas as unidades e subunidades existentes na PRM, apenas os agentes da UIR é que não merecem tais benefícios.
Neste contexto, prossegue o Comandante Mandiquida que “para a rubrica de subsídio de funeral conclui-se que a prioridade será o reembolso as famílias dos funcionários perecidos nos Teatros Operacionais e a Funerária Banze, que tem fornecido as urnas, ficando para melhor oportunidade os demais beneficiários. De salientar que, esta medida é extensiva aos membros que vem sendo devido o pagamento de ajudas de custo dos exercícios económicos actual e indo.”
Concluindo, consta no documento que caso haja melhorias orçamentais ou reforço, “a medida poderá ser alterada.” No entanto, segundo apurou à “Integrity” a medida não caiu bem no seio dos membros da UIR que já vem se queixando de vários aspectos nos últimos tempos, como os constantes atrasos salariais e uma certa hostilização em comparação a outras unidades, facto que já levou as lideranças máximas daquele sector castrense a movimentarem-se com vista a tentar amainar os ânimos no seio da corporação e nos membros presentes em Cabo Delgado, concretamente na “linha de tiro”. (O. Omar)