Dos relatos, consta que o fiscal, que até esta Segunda-feira, continuava detido nas celas do Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM), naquele ponto, impedia a facilitação por parte dos brigadistas, de pessoas conhecidas e próximas para recensear-se no lugar de obedecer a fila. Segundo testemunhas no local, “insatisfeito com a posição tomada pelo fiscal do partido AMUSI, o digitador no posto de recenseamento, lançou palavras injuriosas contra o fiscal, este que por sua vez distanciou-se para evitar qualquer confusão, atitude que não satisfez o digitador de dados do STAE em Gurué, tendo partido sem justificação plausível para a agressão física.”
À reacção, juntou-se contra o fiscal do partido AMUSI, o supervisor do STAE afecto ao Posto de Recenseamento Eleitoral da E.P.C Nacuacue. ” O pior não aconteceu graças a intervenção dos presentes no local”, disse à Integrity Magazine uma fonte ocular.
Segundo Patrício Joaquim, que vivenciou o momento, disse que “na mesma Sexta-feira (05/05), uma equipa encabeçada pelo Director Distrital do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral STAE em Gurué, Luís Martinho e alguns quadros da Comissão Distrital de Eleições (CNE), fez-se ao terreno para inteirar-se do facto que culminou com a detenção do fiscal do AMUSI”, avançou.
A “Integrity”, sabe que para além do fiscal do AMUSI, está também detido nas celas do Comando Distrital da PRM em Gurué, o guarda da cancela do Posto de Recenseamento Eleitoral da Unidade de Produção n°4 (UP4), desde o dia 22 do mês passado, acusado de impedir o acesso de potenciais eleitores a se recensear-se no local. Mas da informação a que tivemos de poder por uma fonte que falou em anonimato, o visado, proíbido à data dos factos, a entrada de camiões transportando inúmeros cidadãos idos de Namarroi para recensear-se naquele posto.
O Secretário-geral do Partido AMUSI, Hermínio Sumail garantiu que “o partido vai interpor uma acção de denúncia aos órgãos eleitorais e levantar um processo crime contra as pessoas que agrediram fisicamente ao nosso fiscal em Gurué.” Afiançou para depois considerar a atitude como sendo “a falta da vontade do Governo sub-gestão do partido no poder, da não realização das eleições”, finalizou a fonte. (Gil Namelo, em Quelimane)