IMN- MOÇAMBIQUE, 08 de Julho de 2022 – A cada dia que passa a indústria do sequestro demonstra que tem controlo e planos devidamente desenhados. Os integrantes conhecem quem e quando irão raptar, sua próxima vítima e, desta vez, foi o renomado e respeitado empresário da cidade de Chimoio, proprietário de uma cadeia de lojas.
Trata-se de Ebrahim Patel, raptado quando eram 18 horas, na Rua da Zâmbia, nas proximidades da Escola Secundária Samora Moisés Machel, numa zona nobre da cidade de Chimoio e a metros da sua residência.
Segundo apurou a “Integrity”, Ebrahim Patel foi forçado pelos sequestradores quando pretendia entrar na sua residência. De fontes locais, aferimos que esta é a segunda vez que a família Patel era procurada por elementos da indústria de raptos que há mais de uma década tem dominado o sector castrense no “braço de ferro” que vem travado.
De acordo com as fontes, recentemente, a esposa de Ebrahim Patel quase foi pega pelos raptores que a aguardavam defronte à sua residência. Mas, devido à acção de graças dos alunos da Escola Secundária Samora Moisés Machel e outras pessoas que a ajudaram logo que começou a gritar por socorro, o que permitiu que a mesma fosse apoiada e os meliantes saíram às correrias do local. Conforme confidenciou uma testemunha ocular, que pediu anonimato, revelou que os raptores chegaram a entrar no pátio, onde ficaram à espera do empresário, ora raptado.
No presente ano, já foram raptados, em Moçambique, seis pessoas, tendo duas delas libertas do cativeiro mediante o pagamento do resgate, entre elas, está uma estudante da Universidade Católica de Moçambique (UCM), na Beira, de 19 anos de idade, os filhos de Faruk Ayoob, de Mufti Imtiaz, Ahmed Anwar, proprietário do Hotel Royal e agora, Ebrahim Patel.
De referir que as cidades de Maputo, Beira e Chimoio se encontram na linha da frente quando se fala da indústria dos raptos, para além da cidade da Matola. Sobre o último rapto, a PRM quando foi solicitada para o local do crime, disse que não poderia dirigir-se ao local e empreender qualquer perseguição contra os sequestradores, porque não tinham combustível na viatura. (Integrity)