Três anos do desaparecimento do Jornalista Ibraimo Abu Mbaruco: Onde está e porquê o regime não clarifica o caso?

Sobre o caso, várias organizações nacionais e internacionais já procuraram respostas junto das autoridades nacionais, mas de balde, ninguém diz nada e ninguém quer clarificar o assunto, para que a família do Jornalista possa olhar para frente. A estratégia do executivo moçambicano e do sector castrense, consiste em manter-se no silêncio e fingir cegueira para que o caso morra sem nenhum culpado.

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Estranhamente, o Presidente da República, Filipe Nyusi, esteve na Organização das Nações Unidas (ONU) recentemente, e nenhum dos países supostamente defensores da liberdade de expressão, informação e direitos humanos questionou sobre o caso, ou seja, Moçambique terminou a sua presidência no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) sem nenhum país que financia os constantes relatórios depreciativos sobre a situação do País abordar o caso Mbaruco. E contra as expectativas, depois de um desmentido feito na altura pelo Comando-Geral da PRM, através do seu porta-voz, Orlando Mudumane, sobre o seu possível assassinato, por elementos das FDS, nunca mais o sector castrense apareceu a dar qualquer explicação sobre o que terá acontecido no inesquecível dia 07 de Abril de 2020 para a família, amigos, os “moçambicanos de bem” e para os defensores dos direitos humanos à escala global.

De referir que ainda em 2020, a família submeteu uma queixa junto da Procuradoria-Provincial de Cabo Delgado, mas até aqui, quando se passam três anos, pelo menos ao nível público, não sabe em que estágio se encontra o processo, alargando-se assim a longa lista dos “Enteados da Justiça” que agressivamente o nosso sistema judicial e executivo insiste em perfilar. (Omardine Omar)