IMN – MOÇAMBIQUE, 07 de Julho de 2022 – O Hospital Central de Maputo (HCM), alcançou com sucesso, nesta quarta-feira (06.07), mais uma cirurgia de coração aberto, o que eleva as estatísticas para 300 pacientes operados, desde que estes procedimentos iniciaram nesta unidade sanitária em abril de 2018.
Devido à complexidade das cirurgias, elas chegam a durar em média, cinco a seis horas e servem para reparar ou substituir válvulas em pacientes cardíacos, o que exige da equipa envolvida, muita maestria e profissionalismo.
Segundo deu a conhecer Atílio Morais, Médico cirurgião que comandou a equipa multidisciplinar de 15 profissionais de saúde nacionais, a paciente, ora operada, é uma mulher do sexo feminino, de 36 anos de idade cuja doença a impossibilitava de levar uma vida normal.
A paciente, segundo sublinhou, foi diagnosticada insuficiência mitral severa pelo serviço de cardiologia, uma condição clínica que faz com que a válvula funcione com falhas. Para se entender melhor, o coração é o músculo que bombeia o sangue para todo o corpo e nele existem quatro válvulas, uma delas é a mitral, que separa o átrio do ventrículo esquerdos.
A insuficiência da válvula mitral acontece quando esta não se fecha correctamente após a passagem do sangue, permitindo que uma pequena quantidade retorne para o átrio.
Geralmente, pessoas que sofrem da doença, sentem falta de ar após esforços leves, têm tosse constante, cansaço excessivo, palpitações e inchaço nos pés e tornozelos. O número de pacientes que dá entrada com problemas de coração, chega até sessenta ao ano, mas neste momento, apenas metade destes, é que são submetidos a este tipo de cirurgia dado os elevados custos.
Só para se ter uma ideia, uma cirurgia de coração aberto, chega a custar dez a quinze mil dólares americanos em média, um valor muito aquém das capacidades do bolso do pacato cidadão. Nas contas do especialista, com a realização destas cirurgias no país, o Estado Moçambicano poupa, em média, 20 a 30 mil USD com o envio de doentes para o exterior, daí que lança um apelo para que mais parceiros se juntem à iniciativa.
De referir que até ao momento, o HCM é a única unidade sanitária pública do país que realiza este tipo de cirurgia, sendo que para tal, conta com o apoio de fundos do orçamento do Estado e diversos parceiros nacionais. (Integrity)