Caso Caifadine Manasse: Sessão Ordinária do Comité Central “não debateu o milando do deputado, seus camaradas na Zambézia e os actuais donos do Partido”

Na reunião que começou com uma chuva de hosanas a atitude repressiva da Polícia da República de Moçambique (PRM) em relação aos participantes da marcha do dia 18 de Março em homenagem ao falecido músico Azagaia, e por outro lado a críticas contra os lambe botas, intriguistas, tribalistas e fofoqueiros que na óptica do Secretário da ACLLN, Fernando Faustino devem ser expurgados, por estarem a ferir os estatutos do Partido e a boa reputação do mesmo, o que mereceu uma arrepiante salva de palmas pelos mais de 300 participantes da tão esperada reunião.

Reagindo sobre os contornos da reunião, Ludmila Maguni, Secretária Para Mobilização e Propaganda e Porta-voz do Partido Frelimo disse à imprensa que o tão badalado assunto do momento, envolvendo o deputado e membro do Partido Frelimo, Caifadine Manasse, não foi discutido na reunião do CC, porque até ao momento ainda não havia chegado à sede do Partido em Maputo, ou seja, o caso ainda encontra-se a ser tratado na Província da Zambézia, que segundo apuramos, Caifadine Manasse recorreu da decisão a nível do Comité Provincial de Verificação na Zambézia.

Caifadine Manasse foi suspenso ou afastado do Comité Provincial da Frelimo na Zambézia no passado dia 20 de Março do presente ano, numa reunião que apenas conforme fomos confidenciados, apenas o actual Governador da Zambézia, Pio Augusto Matos é que não seguiu a onda que no encontro disparou todos “jatos de água” contra o então Porta-voz do Partido. Matos absteve-se de tudo, enquanto isso, todos os restantes participantes vilipendiavam o deputado, inclusive pessoas que ele recrutou e encaminhou ao Partido Frelimo.

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Entretanto, fontes internas a nível do Partido Frelimo, revelaram à “Integrity” que decisão tomada pelos camaradas na Zambézia, não agradou alguns membros proeminentes e da velha guarda do Partido, e que estão a movimentar-se nos corredores de decisão com vista a impedir que a decisão consertada a partir dos órgãos centrais da Frelimo de “banir Caifadine Manasse” da vida intensa do Partido possa ser materializada.

Refira-se que Caifadine Manasse é acusado de falta de sigilo relativamente aos assuntos que dizem respeito à vida do partido e seus dirigentes, falta de pagamento de quotas no círculo eleitoral, incitação à violência, incriminação dos seus colegas no badalado escândalo do tráfico de drogas através do Porto de Macuse, que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) diz não ter encontrado evidências e o Partido Frelimo prometeu processar o deputado da RENAMO, Venâncio Mondlane.

No entanto, na Sessão ordinária do CC, a Frelimo discutiu a implementação da TSU, os relatórios de governação dos municípios sob a gestão da Frelimo e do governo central, entre outras temáticas. (Omardine Omar)